Num contexto de crescente consciencialização sobre os direitos humanos, a cidade de Lisboa transforma-se num palco de ação e esperança com a campanha "16 Dias pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e Raparigas".

Este movimento global, que decorre entre 25 de novembro e 10 de dezembro, é uma iniciativa da sociedade civil que culmina no Dia Internacional dos Direitos Humanos, simbolizando uma ponte entre a eliminação da violência contra as mulheres e a promoção dos direitos humanos universais.

O cerne desta campanha é a mobilização contra a mais difundida violação dos direitos humanos: a violência contra mulheres e raparigas.

Em Lisboa, a Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, em estreita colaboração com a Câmara Municipal e outras 40 entidades, organiza um leque variado de mais de 60 eventos. Estes eventos incluem desde conferências e debates até iniciativas artísticas como exposições e peças de teatro, passando por ações educativas em escolas e campanhas digitais robustas.

Entre as atividades planeadas, destaca-se a iluminação de cor-de-laranja de monumentos icónicos como a Assembleia da República e a Estátua de D. José I na Praça do Comércio. A escolha da cor laranja não é aleatória; ela representa a luminosidade de um futuro onde a violência é um eco do passado.

Além de eventos públicos, a campanha conta com a voz ativa de sobreviventes de violência, como Mia Döring, Cândida Alves, e Joana Dias, que partilham suas experiências e conhecimentos na esperança de inspirar mudanças. Estas mulheres, através de suas histórias de resiliência e recuperação, são pilares de uma narrativa que visa não só a conscientização, mas também a ação concreta para a mudança legislativa e social.

A campanha aborda todas as formas de violência, desde a violência doméstica à exploração sexual, destacando a necessidade de uma resposta que considere as realidades interseccionais enfrentadas por grupos específicos de mulheres, incluindo jovens, ciganas, migrantes, e muitas outras.

Este esforço coletivo em Lisboa é um exemplo poderoso de como a colaboração entre governos, sociedade civil, e cidadãos pode criar ondas de mudança significativas. Afinal, como afirmou Simone de Beauvoir, "Não se nasce mulher: torna-se." Este tornar-se é um processo moldado não só pela nossa herança cultural, mas também pelo ambiente de respeito e igualdade que lutamos para construir.

Para mais informações sobre a programação e como participar ou apoiar a campanha, consulte o site oficial ou contate diretamente a Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres.

Este é um momento de união, reflexão e, acima de tudo, de ação. Lisboa está a vestir-se de laranja, não apenas na cor, mas no espírito de solidariedade e compromisso com um futuro mais justo e igualitário para todas as mulheres e raparigas.

 

O Programa está disponível em https://fimdaviolencia.pt/

Consulte também o calendário Google dos eventos.

Apelamos, também, à leitura e subscrição do manifesto Basta de violência contra mulheres e raparigas e à participação na Marcha pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e Raparigas (18h30 Praça do Comércio - Jardim Roque Gameiro).

 

CONTAMOS CONVOSCO, POR UM FUTURO LIVRE DE VIOLÊNCIA

CONTRA AS MULHERES E RAPARIGAS

 

PpDM-Comunicado-Imprensa-25Nov2022-FINAL.pdf
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