O cerne desta campanha é a mobilização contra a mais difundida violação dos direitos humanos: a violência contra mulheres e raparigas.
Em Lisboa, a Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, em estreita colaboração com a Câmara Municipal e outras 40 entidades, organiza um leque variado de mais de 60 eventos. Estes eventos incluem desde conferências e debates até iniciativas artísticas como exposições e peças de teatro, passando por ações educativas em escolas e campanhas digitais robustas.
Entre as atividades planeadas, destaca-se a iluminação de cor-de-laranja de monumentos icónicos como a Assembleia da República e a Estátua de D. José I na Praça do Comércio. A escolha da cor laranja não é aleatória; ela representa a luminosidade de um futuro onde a violência é um eco do passado.
Além de eventos públicos, a campanha conta com a voz ativa de sobreviventes de violência, como Mia Döring, Cândida Alves, e Joana Dias, que partilham suas experiências e conhecimentos na esperança de inspirar mudanças. Estas mulheres, através de suas histórias de resiliência e recuperação, são pilares de uma narrativa que visa não só a conscientização, mas também a ação concreta para a mudança legislativa e social.
A campanha aborda todas as formas de violência, desde a violência doméstica à exploração sexual, destacando a necessidade de uma resposta que considere as realidades interseccionais enfrentadas por grupos específicos de mulheres, incluindo jovens, ciganas, migrantes, e muitas outras.
Este esforço coletivo em Lisboa é um exemplo poderoso de como a colaboração entre governos, sociedade civil, e cidadãos pode criar ondas de mudança significativas. Afinal, como afirmou Simone de Beauvoir, "Não se nasce mulher: torna-se." Este tornar-se é um processo moldado não só pela nossa herança cultural, mas também pelo ambiente de respeito e igualdade que lutamos para construir.
Para mais informações sobre a programação e como participar ou apoiar a campanha, consulte o site oficial ou contate diretamente a Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres.
Este é um momento de união, reflexão e, acima de tudo, de ação. Lisboa está a vestir-se de laranja, não apenas na cor, mas no espírito de solidariedade e compromisso com um futuro mais justo e igualitário para todas as mulheres e raparigas.
O Programa está disponível em https://fimdaviolencia.pt/
Consulte também o calendário Google dos eventos.
Apelamos, também, à leitura e subscrição do manifesto Basta de violência contra mulheres e raparigas e à participação na Marcha pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e Raparigas (18h30 Praça do Comércio - Jardim Roque Gameiro).
CONTAMOS CONVOSCO, POR UM FUTURO LIVRE DE VIOLÊNCIA
CONTRA AS MULHERES E RAPARIGAS