Marinete da Silva Mãe de Marielle Franco está connosco em Lisboa!

E, a convite do Bloco de Esquerda, via a deputada Joana Mortágua, apresentado ontem no evento com Marinete da Silva,na Fundação Saramago, estará nas comemorações dos 50 anos de Abril na AR !

Que bom dizemos nós no Estrategizando, homenagear assim uma vereadora do Rio de Janeiro, assassinada pelo fascio bicheirismo, e tsmbem a sua Mãe!

Marielle Franco recordamos era uma mulher, negra, mãe, filha, irmã, esposa e da favela da Maré.

 

Socióloga com mestrado em Administração Pública, foi eleita Vereadora da Câmara do Rio de Janeiro, com 46.502 votos e foi também Presidente da Comissão da Mulher da Câmara.

No dia 14/03/2018 foi assassinada num atentado sobre o carro onde estava com 13 brutais e assassinos Tiros que atingiram o veículo, e mataram também o motorista Anderson Pedro Gomes.

 

Desconhece-se ainda quem foram os mandantes deste ato brutal mas seja quem for nunca imaginou que Marielle era a semente, “e que milhões de Marielles em todo mundo se levantariam no dia seguinte”!
Marielle formou-se pela PUC-Rio, e fez um mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Sua dissertação teve como tema: “UPP: a redução da favela a três letras”.

 

Militante pelos direitos humanos após ingressar no pré-vestibular comunitário e perder uma amiga, vítima de bala perdida, num tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm).

Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e construía diversos coletivos e movimentos feministas, negros e de favelas.
 
Foi mãe aos 19 anos, o que a incentivou a ser a lutadora pelos direitos das mulheres e a debater esse tema nas favelas.

Com a sua morte foi criado Instituto Marielle Franco pela sua família com a missão de inspirar, conectar e potencializar milhares de jovens, negras, LGBTQIA+ e periféricas

Quase 2.000 dias após o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, o ex-policial militar Élcio Queiroz afirmou, em delação premiada, que o também ex-PM Ronnie Lessa foi o autor dos disparos.

Até hoje, as investigações policiais não conseguiram identificar quem deu a ordem para o crime e o que teria motivado o caso mas há suposições de que a motivação seja o fato de Marielle incomodar os esquemas de poder das milícias existentes na capital fluminense.

Marielle convivia entre vários espaços sociais: o de pobreza e marginalidade das comunidades; o da elite intelectual das universidades; e o de poder legislativo da Câmara de Vereadores.

Marielle conhecia e denunciava problemas envolvendo milicianos e também criticava ações da Polícia Militar ao entrar nas favelas cariocas.

Marielle assumia-se como lésbica, tendo casado com a militante Monica Benicio, e se definia como feminista.

Antes de se tornar vereadora, Marielle foi assessora do então deputado estadual Marcelo Freixo, filiado ao Psol naquela época.

Com ele, ela participou da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

No dia em que foi assassinada, a vereadora participou de um evento intitulado “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, na Rua dos Inválidos, na Lapa, região central do Rio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou o Ministério da Igualdade Racial e nomeou a irmã de Marielle, Anielle Franco, que ja esteve em Lisboa, para dirigir esta pasta.

Em março, a ministra afirmou à CNN que a solução da morte da irmã será uma “resposta à democracia” dada pelo novo governo.
“Sempre queria que o governo falasse sobre o tema, e mostrasse disposição e vontade de resolver, algo que não tivemos nos últimos 4 anos”, disse Anielle na ocasião.

Pois ontem ouvimos a sua Mãe num evento organizado pelo Comité Popular de Mulheres do PT e do Nucleo do PT em Portugal!.

Joffre Justino