As mutações populacionais

Comecemos por referir que 20% dos estrangeiros presos em Portugal sao de nacionalidades europeias e que o total de estrangeiros presos representam 17% do total de presos ( 2021)

Assumamos ainda que como é evidente Portugal quando importa pessoas importa risco sejam essas pessoas europeias ou nao caucasianas ou não!

E importar risco implica que uma parte do mesmo é risco de crime também!

Portugal, entre ilegais e legais, tem entre 10 e 15% dos residentes a serem não portugueses pelo que ter 17% de presos a serem estrangeiros não mostra um acréscimo de crime especificamente resultante da imigração ate porque seria interessante analisar a tipologia de crimes vinda da população estrangeira.

Note-se que sendo a população imigrante em Portugal oriunda de camadas sociais especialmente necessitadas se constata o pouco peso relativo de se ser ou não estrangeiro para o crescimento ou decrescimento do crime em Portugal

Ja e do ponto de vista da lógica concorrencial o aumento de atividades económicas desenvolvidas por estrangeiros, em especial no campo da restauração, gera sem duvida descontentamento social muito em particular porque era um setor muito dominado por organizações do foro familiar hoje a serem afastadas do setor pela concorrência não portuguesa.

É obviamente absurdo querer “fazer politicagem” com circunstâncias envolvendo população que ja vive em condições bem pouco humanas como ter a viver 11 pessoas num apartamento e ninguém considerar tal uma ilegalidade a merecer penalização, quer à Direita, quer à Esquerda

Mas o que é de espantar é ter-se de conviver, num país de elevada emigração, (mais de 20% dos portugueses não vivem em Portugal, como alias ha 5 séculos no mínimo que assim sucede), com racistas atitudes, bizantinas, herdadas de culturas em nada portuguesas, mesmo no contexto do fascismo, tão célere em deixar sair de Portugal um excedente populacional para assim poupar nos custos sociais, e que em nada dignifica quem nelas se envolve, emocional, discursiva, ou concretamente!

O ainda mais espantoso é ver esses saudosistas do fascismo salazarento e portanto da sua imperial visão ( do Minho a Timor) a atacarem os descendentes desses tempos ( brasileiros e PALOP’s) que decidem retornar às lusas origens filhos netos e bisnetos de portugueses e do luso espaço geográfico que sao !

Ainda por cima em um tempo em que a nova “mina de ouro” o turismo não sobrevive sem esse conjunto populacional no que concerne à ocupação de essenciais postos de trabalho!

Gostem ou não, o Turismo gera receita interna, mas, na verdade, gera um conjunto de atividades profissionais de muito baixa qualificação muito pouco atraentes para os níveis de qualificação portugueses!

Joffre Justino

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Foto de destaque: IA;   imagem que ilustra o artigo sobre a dinâmica demográfica e o impacto da criminalidade da imigração em Portugal. A cena representa um ambiente urbano com pessoas de diversas nacionalidades, refletindo as complexidades e desafios da integração e dinâmicas sociais em um contexto pacífico.