".. ou as pessoas querem-me a mim para presidente do Governo Regional ou querem o Miguel Albuquerque para presidente do Governo Regional. Estas são as duas únicas opções", tornou claro o líder do PS/Madeira.

Paulo Cafôfo entregou a lista de candidatos às eleições antecipadas, 47 efetivos e 47 suplentes, no Tribunal Judicial da Comarca da Madeira, no Funchal, dizendo ser uma lista "congregadora, abrangente" e integra pessoas experientes e competentes.

Para este dirigente socialista madeirense a escolha no dia das eleições é entre o PSD, "que está no poder há quase 50 anos, que está a cair podre, que está amarrado, preso a uma teia de interesses", e o PS, "que tem soluções, ideias, inovação naquilo que quer propor para a solução de problemas que existem há demasiado tempo".

"É preciso dizer que o tempo das maiorias absolutas acabou, não há mais maiorias absolutas e, neste contexto em que não há mais maiorias absolutas, há partidos da oposição que dizem que querem a mudança, mas que na primeira oportunidade e na própria noite das eleições estarão disponíveis para fazer um acordo com o PSD", tornando claro que se referia ao Chega, Iniciativa Liberal, CDS-PP e PAN e ao votarem nesses partidos "estarão os eleitores a querer a continuidade de Miguel Albuquerque à frente do Governo Regional", reiterando que, "por isso, a única opção será o Partido Socialista".

Questionado sobre uma notícia hoje publicada na edição impressa do Correio da Manhã, que dá conta que as autoridades judiciárias congelaram 170 mil euros à mulher de Miguel Albuquerque, que tentou movimentar a quantia três dias após as buscas da PJ, Cafôfo não quis comentar.

"Não tenho nenhum comentário a fazer, nem a manchetes de jornais, nem a outras situações que vieram hoje na comunicação social. O meu único foco é as soluções que queremos apresentar aos madeirenses", disse.

Já Albuquerque quer ganhar eleições e não impõe "linhas vermelhas"

O cabeça de lista do PSD/Madeira às regionais antecipadas, Miguel Albuquerque, afirmou hoje que o objetivo é ganhar as eleições e disse não colocar "linhas vermelhas" a nenhum partido caso não obtenha a maioria absoluta.

Nós somos um partido, como já disse, que dialogamos com todas as forças políticas. E obviamente que a nossa ideia é ganhar, se ganharmos com maioria absoluta ganhamos, se ganharmos sem maioria absoluta continuamos a ganhar e, a partir daí, temos um quadro de diálogo com os partidos", declarou Miguel Albuquerque.
Sobre se inclui o Chega nesse cenário de diálogo, o psdista respondeu que não coloca "linhas vermelhas para nenhum partido", reforçando, porém, que, "neste momento", o partido tem de "pensar é em ganhar as eleições".

O ainda líder do PSD/Madeira falava aos jornalistas à porta do Tribunal Judicial da Comarca da Madeira, no Funchal, após a entrega da lista candidata do PSD às eleições legislativas regionais antecipadas.

Miguel Albuquerque foi também questionado sobre uma notícia hoje publicada na edição impressa do Correio da Manhã, que dá conta que as autoridades judiciárias congelaram 170 mil euros à sua mulher, que tentou movimentar a quantia três dias após as buscas da Polícia Judiciária, no âmbito do processo em que foi constituído arguido e considerou que a notícia não prejudicará a campanha eleitoral, afirmando que "as pessoas percebem qual é o enquadramento dessas notícias", que "não têm qualquer fundamento".

"Se isto continuar assim, eu penso que daqui a uns anos ninguém assume cargos políticos porque isto torna-se muito difícil, [...] são notícias muitas vezes colocadas também pela oposição. Nós sabemos como é que a coisa acontece", afirmou.

E desmentiu, “Não tive nunca contas bloqueadas, isso é mentira, nem tenho qualquer conta de 170 mil euros, também é mentira".

Joffre Justino

---

Foto de destaque:  imagem que representa vários símbolos icónicos da Madeira. Podemos ver elementos como a floresta Laurissilva, uma garrafa de vinho Madeira, bordado Madeirense, as casas típicas de Santana e um casal vestido com trajes típicos da região.