No próximo dia 9 de maio, pelas 17h00, no auditório da Faculdade de Direito de Lisboa, acontecerá um evento marcante para os estudiosos e interessados na história política portuguesa: a apresentação do livro "Cadeia de Caxias – a repressão fascista e a luta pela liberdade".

Este livro, uma investigação profunda sobre os anos sombrios da repressão em Portugal, relata os eventos e personalidades que marcaram a Cadeia de Caxias entre 1936 e 1974, período em que milhares lutaram contra o regime fascista, muitos dos quais encarcerados injustamente.

O evento, organizado pela União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), contará com a presença de várias personalidades ilustres, incluindo José Pedro Soares, coordenador nacional da URAP e ex-preso político, e Álvaro Pato, dirigente da URAP e igualmente ex-preso político. A discussão será enriquecida com as intervenções do Professor Dr. Eduardo Vera Cruz, diretor da Faculdade de Direito de Lisboa, e da Dra. Madalena Santos, presidente da Associação Portuguesa de Juristas Democratas.

David Geraldes, Tenente Fuzileiro e participante na libertação dos presos políticos de Caxias, e Matilde Fuzilão, estudante e dirigente da URAP, também participarão, trazendo consigo testemunhos vivos da resistência e do espírito indomável que caracterizou esta época da história portuguesa. O evento promete ser não só uma celebração da memória e da resistência mas também uma análise crítica do impacto destes eventos na sociedade portuguesa contemporânea.

A sessão será ainda mais especial com um momento cultural, cujos detalhes ainda estão por ser revelados, prometendo uma homenagem adequada à memória dos mais de 10.000 homens e mulheres que foram perseguidos pela PIDE durante o Estado Novo.

Este livro e a sua apresentação são essenciais para entendermos as raízes e as consequências da luta contra a opressão. Num momento em que o mundo volta a enfrentar desafios significativos em termos de direitos humanos e liberdades fundamentais, revisitar estas páginas da história portuguesa não é apenas um exercício de memória, mas também um ato de consciência cívica e responsabilidade social.

O evento é aberto ao público e todos são encorajados a assistir e participar neste importante ato de recordação e educação.

A história é a nossa maior professora e, ao compreendê-la, podemos evitar repetir os erros do passado, caminhando em direção a um futuro mais justo e equitativo.