Numa era onde a informação circula com uma rapidez estonteante, torna-se cada vez mais premente a necessidade de filtrarmos o ruído para captarmos a essência da verdade.

Recentemente, temos assistido a um fenómeno alarmante que ameaça abalar os pilares da nossa democracia: a propagação de desinformação pelo partido Chega, que adota táticas reminiscentes de estratégias da extrema-direita global. Este movimento não só desafia a integridade do nosso processo eleitoral, como também semeia a dúvida entre o eleitorado português, minando a confiança nas instituições democráticas que nos regem.

Os candidatos associados a este partido têm sido apontados por espalhar alegações não verificadas de supostas fraudes eleitorais, uma prática que, além de infundada, põe em xeque a credibilidade do nosso sistema de votação. Tal estratégia de desinformação não é nova no palco político global, mas a sua adoção em solo português é motivo de profunda preocupação e requer uma análise crítica e atenta da população.

Para além da disseminação de rumores infundados sobre as urnas de voto, tem sido reportado que o Chega divulga sondagens que contrariam a legislação nacional. Esta manobra pode ter como finalidade última distorcer a percepção pública a respeito das preferências eleitorais, numa tentativa de manipular o resultado antes mesmo de os votos serem contabilizados. O ato de omitir informações cruciais, visando induzir em erro os eleitores, constitui outra faceta desta campanha de desinformação.

Neste contexto, é imperativo que cada cidadão assuma o dever de questionar e verificar as informações que lhe chegam.

Devemos procurar fontes confiáveis e fidedignas, que nos ofereçam uma visão clara e imparcial dos factos. Afinal, a democracia floresce numa atmosfera onde a verdade não é apenas valorizada, mas é também a base sobre a qual tomamos decisões conscientes e informadas.

Relembramos as palavras de Thomas Jefferson: "O preço da liberdade é a eterna vigilância." Assim, convidamos cada português a exercer a sua vigilância, defendendo a integridade do nosso processo eleitoral. Apenas através de eleições livres, justas e transparentes podemos assegurar a continuidade de uma democracia robusta e saudável em Portugal.

Este artigo, ancorado nos valores de transparência e verdade, é um apelo à ação. É uma respeonsabilidade de cidadania e um lembrete de que a responsabilidade de proteger a integridade do nosso sistema democrático não recai apenas sobre os ombros dos governantes ou das instituições, mas sobre cada um de nós, cidadãos informados e vigilantes.
A democracia portuguesa é um tesouro que deve ser preservado com zelo, discernimento e, acima de tudo, com um compromisso inabalável com a verdade.

José Elias Ramalho

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Foto de destaque: IA; imagem criada para representa

r a essência da desinformação e do ataque à democracia, evocando uma reflexão sobre os desafios que enfrentamos na preservação da verdade e da integridade em nossas sociedades. Espero que esta ilustração ajude a sensibilizar para a importância da vigilância cívica contra a desinformação.