Nas margens da liberdade, abril floresceu,
e pelas veias de Portugal correu a seiva do renascimento.
Nessa manhã límpida, a esperança vestiu-se de cravo,
e o horizonte abriu-se em infinitas possibilidades.
Vim de terras longínquas, atravessando oceanos de história,
trazendo na alma a força das guerrilhas silenciosas,
daquelas mães que são alicerces, vida e trajectória,
moldando com mãos firmes os destinos das gerações.
Nos países da CPLP, ressoa o eco da paz,
onde outrora só havia o clamor da discórdia;
e nesse canto partilhado, descobri o meu espaço,
plantei as minhas raízes e vi florescer amizades.
Felicidade aqui encontrei, em abraços que aquecem,
no amor que se entrelaça em cada esquina,
na gratidão diária, expressa em gestos simples,
no reconhecimento de que todo instante é um presente.
Oh, mães guerreiras, de olhares profundos e sorrisos largos,
vós que enfrentastes tempestades, sol e chuva,
para nos ensinar a verdadeira essência da resistência,
a beleza do sacrifício e a nobreza do amor incondicional.
Este poema é um hino, uma ode à liberdade de escolher,
de estar, de decidir, sem mais grilhões ou sombras.
É tributo a todas as mães, pilares de mundos melhores,
que como a minha, tudo fizeram para que eu pudesse ser.
No calor de abril, renasce sempre a promessa de paz,
e nas linhas deste verso, ecoa o meu eterno amor,
pela mãe, pela terra, pela vida que aqui floresce—
um canto de liberdade, um hino de gratidão profunda.
Como diria o poeta do desassossego, cada um de nós é múltiplo,
cada escolha, um universo de caminhos; cada gesto, uma revolução.
Celebramos, assim, a liberdade conquistada, o amor partilhado,
neste 25 de abril, que nos une, liberta e transforma.
Morgado Jr.
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Foto de destaque: IA; imagem abstrata para ilustrar a liberdade e amor maternal, celebrando o espírito do 25 de abril em Portugal. A arte reflete simbolismos de esperança e renovação, evocando profundidade emocional e liberdade.