Estão cerca de 100… mas são milhares!

Sao em especial cidadãos do Bangladesh, Paquistão e Índia, perto de 100 pessoas, os que estão hoje à porta da Agência para a Interação Migrações e Asilo, em Lisboa.

Eles reclamam contra os atrasos na atribuição dos cartões de autorização de residência o que afeta nao 100 mas sim milhares de Pessoas que vivem em Portugal e cá laboram as mais das vezes em péssimas condições sem documentos que os permitam viver e trabalhar em Paz e na realidade enriquecerem a lusa economia!

Aos jornalistas e segundo a Lusa foi explicado que o descontentamento tem sobretudo a ver com o tempo de espera, que nalguns casos ultrapassa os nove meses, para a obtenção da renovação da autorização de residência.

Ashiqul Islam protestava hoje com a mulher e a filha de 9 meses, que já tem nacionalidade portuguesa porque nasceu em Portugal.

O casal, oriundo do Bangladesh, gostava de levar a filha a visitar os avós, mas não pode sair do país porque não tem a autorização de residência renovada para poder voltar a entrar em Portugal.

À Lusa disse que, apesar de a filha ter nascido em Portugal, ele não pode pedir quaisquer apoios sociais pelo facto de não ter o cartão renovado.

Contou ainda que há pouco tempo foi a uma entrevista de emprego que diz ter corrido bem e para um emprego para o qual tinha habilitações, mas acabou por ser excluído quando lhe perguntaram se tinha a sua situação regularizada em Portugal e ele teve de responder que não.

São na realidade os escravos do século XXI e escravos de uns muito poucos que na realidade beneficiam todas e todos nós com a sua atividade em profissões que raro português aceita hoje!

Joffre Justino 

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Foto de destaque: IA;  imagem simbólica, representando a luta dos migrantes em Lisboa através de elos de corrente quebrados, cada um representando as bandeiras do Bangladesh, Paquistão e Índia, simbolizando as promessas quebradas e as lutas burocráticas enfrentadas por esses migrantes. A linha do horizonte de Lisboa aparece desfocada ao fundo, ressaltando a distância entre as esperanças dos migrantes e a realidade da cidade.