Estamos alinhados com a associação ambientalista ZERO na sua firme oposição ao apoio financeiro do Estado ao eventual regresso das corridas de Fórmula 1 a Portugal, classificadas como “um espetáculo altamente poluente que serve sobretudo interesses privados e comerciais”.

Num contexto de crise climática sem precedentes, sublinha a associação, seria incompreensível e irresponsável canalizar recursos públicos para a promoção de um evento assente na queima intensiva de combustíveis fósseis e na legitimação de práticas que contrariam frontalmente os compromissos nacionais e europeus de descarbonização.

A ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável alerta que este tipo de investimento público envia um sinal político errado, ao privilegiar interesses económicos de curto prazo em detrimento de uma estratégia coerente de transição ecológica, responsabilidade ambiental e justiça intergeracional.

Marimbando-se nos possiveis carlospimentinhas do PSD o ministro da Economia e da Coesão Territorial anunciou hoje que o Grande Prémio de Portugal vai voltar a integrar o Mundial de Fórmula 1 em 2027 e 2028, no Autódromo Internacional do Algarve (AIA).

Assim Manuel Castro Almeida noticiou o  acordo entre o Governo português e os promotores do campeonato.

No que venham uns tostoes hoje o os netos que se amanhem  o governo montenegrista  afirma que havera  um impacto económico "não inferior a 140 milhões de euros em cada um dos anos", sendo o custo estimado para o Estado português "inferior ao valor da receita esperada de impostos sobre a atividade económica" associada à realização da prova.

Contas mal contadas que esquecem os impactos ambientais diretos e inderetos deste evento!

Para a  Zero em vez de se apoiar r esta competição automobilística, os fundos deveriam ser utilizados na transição energética, pois,

"Investir na transição para uma mobilidade limpa e descarbonizada não é um custo, é um investimento com retorno económico líquido, ainda maior que o da Fórmula 1".

Os ambientalistas consideram ainda que, "além do impacto climático direto associado à prova e às deslocações internacionais que gera, a F1 transmite uma imagem culturalmente nociva, ao celebrar a velocidade, o consumo de combustíveis fósseis e um modelo de mobilidade ultrapassado".

Vejamos que a poluição atmosférica num circuito de F1 tem duas vertentes principais - o "ar sujo" (dirty air), que é a turbulência aerodinâmica que prejudica os carros que vêm atrás, e a poluição do ar externo, causada pela logística do evento e pelas emissões dos carros, apesar  da F1 ter iniciativas para reduzir a pegada de carbono global através de combustíveis sustentáveis e logística otimizada para ser neutra em carbono até 2030, nao deixa de ser um promotor de uma cultura de poluição

 

1. Ar Sujo (Dirty Air)

  • O que é: Ar turbulento e caótico que sai da traseira de um carro de F1, e afeta a aerodinâmica do carro seguinte.
  • Impacto: Reduz o downforce (força que gruda o carro no chão) a estabilidade do carro que vem atrás, dificultando ultrapassagens e exigindo que o piloto reduza a velocidade, gastando mais os pneus. 

2. Poluição Externa e Emissões dos Carros

  • Impacto da Logística: e nao ha que esquecer  que vêm das emissões de carbono da F1 do transporte de equipamentos e pessoal (cerca de 45%).
  • Emissões dos Carros: Os motores atuais são eficientes, mas ainda libertam gases não queimados e resíduos de carbono (como do freio).
  • Efeitos na Saúde: O "hálito" dos carros é nocivo, especialmente para quem está perto, urgindo mais  preocupaçap com a saúde de pilotos e espectadores, provurando  a queima perfeita para diminuir isso.