Nesta  crescente instabilidade geopolítica, o Brasil abre, a 17ª Cimeira do BRICS, o principal encontro de chefes de Estado da "Maioria Global". 

À frente da presidência rotativa do bloco, o Brasil procura superar a turbulência para construir consensos em temas estratégicos agendados  pelo governo do presidente Lula da Silva como prioritários: sustentabilidade, reforma do sistema financeiro internacional e governança da (IA) Inteligência Artificial. 

Entre sábado, 05.07, e hoje domingo alguns dos principais líderes mundiais continuam a desembarcar no Rio para o evento, que será realizado no Museu de Arte Moderna (MAM).

A Cimeira decprrerá  até a segunda-feira, 07.07.

Infelizmente l, os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Xi Jinping, não comparecerão, e  enviaram à Cimeira o chanceler Sergey Lavrov e o primeiro-ministro Li Qiang.

O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian .

Este bloc, originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Su ampliou suas fileiras nos últimos anos e aém do Irão, juntaram-se aos cinco a Arábia Saudita, o Egito, a Etiópia, os Emirados Árabes Unidos e a Indonésia.

Nações como a Bielorrússia, a Bolívia, o Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, a Tailândia, o Uganda e o Uzbequistão figuram como parceiras do grupo, de acordo com as informações mais recentes.

Hoje, os BRICS,  representam cerca de 48,5% da população global e 39% do PIB mundial.

Desde 01 de janeiro deste ano, o BRICS está sob a presidência rotativa do Brasil, guiada pelo lema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável" pretendendo a expansão dos BRICS é outro grande desafio da presidência do Brasil para consolidar o mecanismo de cooperação multilateral, que pretende modificar a atual arquitetura global de poder,  dominada por interesses das potencias ocidentais, em detrimento da maioria global. 

A Cimeira  acontece poucos dias depois  dos ataques lançados pelos EUA e por Israel contra o Irão—país que ingressou no BRICS em 2024 e busca agora sinais concretos de apoio político dos demais membros.

Os BRICS condenaram os ataques recentes e já chegou ao Rio o chanceler Abbas Araghchis da  República Islâmica e defendeu uma solução diplomática e um Oriente Médio livre de armas nucleares.

A  guerra da Nato  contra a Rússia na Ucrânia persiste, enquanto o cenário internacional foi recentemente sacudido pelo recrudescimento dos conflitos armados na República Democrática do Congo e em Mianmar.

Entretanto a  pressão de Washington contra o avanço do BRICS soma-se  a esse contexto de instabilidade, sem conseguir  conter o ímpeto transformador do bloco.

O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, destacou as discussões sobre o aprofundamento da cooperação econo mica, em especial a promoção do comércio intra-BRICS e o desenvolvimento de sistemas de pagamento alternativos para reduzir a dependência de moedas ocidentais.

A agenda abordará tambem temas como cibersegurança, o desenvolvimento sustentável, as mudanças climáticas e o conflito no Oriente Médio.