Foram presas quase 200 pessoas durante os protestos, onde aconteceram nao poucas escaramuças.
O protesto nasceu de um movimento nas redes sociais, inicialmente articulado por grupos de direita, mas que rapidamente foi apropriado pela esquerda e pela extrema-esquerda, segundo especialistas.
Durante o protesto, Fred, representante do sindicato CGT, afirmou em Paris: "Não são os ministros, é Macron quem é o problema. Ele é quem precisa sair."
Em Nantes, os manifestantes bloquearam uma rodovia com pneus queimados e lixeiras,e em Montpellier, houve confrontos entre a polícia e os manifestantes e o uso de gás lacrimogêneo pels policia.
Cidades como Bordeaux, Toulouse e Lyon também registraram protestos, com alguns grupos a tentarem bloquear pontos-chave, como a estação Gare du Nord e vias expressas.
Em uma tentativa de reafirmar o compromisso com a luta, Amar Lagha, sindicalista e um dos organizadores do protesto, destacou: "Este dia é uma mensagem para todos os trabalhadores deste país. A luta não acabou e, se for preciso, vamos morrer de pé".
Em Paris, a frustração também se voltou contra a recente remoção do primeiro-ministro François Bayrou, substituído por um aliado de Macron, o que gerou indignação entre os opositores políticos.
A ação, reflete o crescente descontentamento popular com a forma como o governo tem conduzido a economia e a política social com crescente pressão sobre Macron, que já enfrenta um governo instável após a derrota parlamentar recente.
Os efeitos das manifestações sobre o governo ainda são incertos, mas o movimento "Bloquons Tout" é uma prova do descontentamento crescente com o que muitos consideram uma elite política desconectada das necessidades reais da população.
A pressão sobre o governo francês tende a aumentar nas próximas semanas.