Berlim, Amesterdão, Copenhaga e Lisboa estão a investir em "urbanismo emocional": zonas verdes de contemplação, bibliotecas com programas de mindfulness, horários flexíveis e até mapas de "pontos de stress" urbano. Estas iniciativas têm como objetivo reduzir a ansiedade da vida moderna e promover uma nova relação com o tempo e com os espaços urbanos.
Startups como a Woebot (Reino Unido), Youper (Portugal) ou Mindstrong (Suécia) estão a integrar inteligência artificial e psicologia cognitivo-comportamental para oferecer apoio emocional acessível 24/7. As chamadas “terapias digitais” começam a ser prescritas como complemento à psicoterapia tradicional, especialmente entre os mais jovens.
Na Escócia e na Noruega, já é obrigatório o ensino da empatia e da autorregulação emocional desde o ensino básico. Em França e Espanha, programas de "alfabetização emocional" estão a ser testados com resultados promissores na redução do bullying e no aumento da performance académica.
Empresas como a IKEA ou a Danone estão a investir fortemente em programas de bem-estar para colaboradores, que incluem semanas de “desintoxicação digital”, espaços de silêncio nos escritórios e formações em inteligência emocional. O objetivo? Reter talento e melhorar a performance com base no equilíbrio psicoemocional.
A tendência aponta para uma Europa onde a felicidade e o equilíbrio interior não são apenas desejos individuais, mas metas sociais e políticas, com impacto direto no desenvolvimento sustentável, na produtividade e na qualidade de vida.
Como afirma a OCDE no seu relatório de 2024: “O bem-estar mental será o novo indicador-chave de progresso económico e social.”
Estamos prontos para medir a prosperidade não apenas em PIB, mas em paz interior.
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