E por isso, “Devido à escassez de componentes para peças eletrónicas e as recorrentes interrupções na produção, o mecanismo de ‘lay-off’ estabelecido no Código de Trabalho entra em vigor a partir do início de novembro até, presumivelmente, ao final de abril de 2026”, indicou a firma, em comunicado.

O ‘lay-off’ como se sabe é  uma redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho efetuada por iniciativa das empresas, por um certo  tempo, devido a motivos de mercado, motivos estruturais ou tecnológicos ou catástrofes ou outras ocorrências que tenham afetado gravemente a atividade normal da empresa.

E assim perto  de 2.500 colaboradores estão afetados pela suspensão dos contratos de trabalho e/ou redução de horas.

A empresa garantiu estar a fazer tudo para atender os clientes e evitar ou minimizar as restrições de produção, recorrendo, por exemplo, a fontes alternativas de fornecimento.

Segundo a Bosch, assim que a escassez de componentes eletrónicos for ultrapassada, a “produção em Braga deverá regressar à normalidade”.

O problema é que se sabe qque desde o dia 25 de setembro, que a fabricante de equipamentos Bosch anunciou que prevê eliminar mais de 13.000 postos de trabalho até 2030 na Alemanha, porque  o trabalho está subutilizado face à concorrência chinesa, tese fortemente críticada pelos sindicatos.

Tal  plano afetará cerca de 3% da força de trabalho mundial sobretudo  na  divisão automóvel, obrigada a reduzir os seus custos em 2.500 milhões de euros por ano para, segundo o grupo, assegurar a sua competitividade.

Tudo por causa desta  crise dos semicondutores, ou “crise dos chips”, que  provoca perturbações em vários setores da economia mundial, com impacto mais visível na indústria automóvel.

Estes chips - ou semicondutores - são componentes eletrónicos fundamentais para o funcionamento de sistemas como a iluminação, o sistema de direção e até centenas de outros módulos críticos nos veículos modernos.

Tudo resultante das restrições impostas pela China às exportações da Nexperia, uma fabricante neerlandesa de semicondutores controlada pela chinesa Wingtech.

Curiosamente o liberal governo dos Países Baixos decidiu nacionalizar a Nexperia, sob pressão dos Estados Unidos, para  limitar a influência chinesa sobre a empresa o que levou  a  restrições de exportação, comprometeu o fornecimento de componentes essenciais à Europa.

E tal gerou a falta de chips e apenas um chip é suficiente para parar toda uma linha de montagem, provocando atrasos, perdas financeiras e agora, como no caso da Bosch, medidas de lay-off em larga escala.

O mercado global só se equlibrará se houver o incentivo da luta social e economica na Asia, RPChina em particular que reaproxime custos laborais entre as varias partes do mundo!

Tudo o resto sao inexequíveis fantasias!