Na verdade dizer que o PS se radicalizou e escolhe "o caos" na capital, é acusaçao ridicula como ridiculo é falar num bloqueio de uma residência universitária.
Como explicou Alexandra Leitão, "essa residência privada tinha 50% de camas para alunos mais carenciados, com preços controlados, e outros 50% com valores elevadíssimos que ninguém podia pagar" e o PS sugeriu que "fossem 70% de camas e de quartos" com "valores controlados".
De seguida na birra habitual do sr Moedas o executivo camarário psdista "absteve-se no seu próprio projeto, inviabilizando" a proposta, ou seja, "o PS fez sugestões de alterações e depois viabilizou" e, a seguir, é o "executivo que não viabiliza o seu projeto", portanto, "quanto a bloqueio não é verdade", assegurou.
"Não, Carlos Moedas teve estabilidade, teve meios, teve todas as condições. Se hoje, sim, Lisboa é um caos, é por exclusiva responsabilidade sua. Lixo, falta de iluminação, parques públicos degradados, trânsito caótico" e "transportes públicos atrasados e não fiáveis, tudo isso é que é imputável a este mandato", frisou.
Quanto ao "cinismo político" do PS por instalar cartazes políticos na cidade de Lisboa, a antiga ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública recordou que "Carlos Moedas não precisa de pôr cartazes porque utiliza a publicidade institucional da câmara para fazer propaganda".
"Assim, de facto não é preciso pôr outra propaganda, já está abusivamente a usar a publicidade institucional. Aliás, hoje mesmo fizemos queixa à Comissão Nacional de Eleições [CNE] e já estão lá outras queixas, e há um ano Carlos Moedas foi condenado pela CNE a tirar vários 'mupi' desses, como, aliás, também é verificável", denunciou.
Em vez de enveredar "pelo ataque pessoal", Alexandra Leitão advogou que se discuta "a cidade", propondo "transportes gratuitos", "20% de habitação pública" e "bolsas para estudantes universitários", pois este ano registou-se "uma descida no número de alunos que entraram no ensino superior e, em grande parte, também por questões de carência".
A também professora de Direito explicou que, em janeiro, na manifestação de protesto contra a ação policial na Rua do Benformoso -- "Não nos encostem à parede", teve oportunidade de "elogiar a polícia" e dizer que estava ali "a favor de uma ideia de pluralidade e contra fragmentações artificiais" e "a instrumentalização política da polícia".
"Não foi nunca uma manifestação contra a polícia" e "o que motivou a lá ir e a muitas outras pessoas bem moderadas que lá estavam, foi o facto" de que, como disse a Provedoria de Justiça, "nessa operação policial houve algumas coisas que não correram bem", vincou.
A candidata notou que, "coisa diferente é a questão da Polícia Municipal" e "de uma ordem ilegal que Carlos Moedas deu", embora não querendo "entrar na discussão sobre se a Polícia Municipal devia fazer mais ou não".
"Carlos Moedas diz muitas vezes que a Polícia Municipal vê alguém a cometer um crime e não pode apanhar. É falso, porque em flagrante delito a Polícia Municipal pode deter" e "tudo o resto, a lei e a Constituição não permitem", argumentou, questionando se "é defender os polícias, dar-lhes uma ordem para cometer atos supostamente ilegais?"