Em entrevista à Lusa, Seguro explicitou a sua indignaçao perante  os cartazes divulgados esta semana pelo líder chegano, André Ventura, um dos seus opositores na corrida a Belém, considerando que "numa campanha eleitoral não vale tudo para arranjar voto” sem no entanto  pedir a intervenção do Ministério Público nesta matéria, por considerar que seria uma forma de pressão.

"Os extremismos não são soluções, são parte do problema, são venenos da nossa democracia, que precisam de ser combatidos, e como Presidente da República tudo farei, com firmeza, para combater esses extremismos, quer pela palavra, quer pela ação", assegurou.

Nesse sentido, e ainda na pré-campanha eleitoral para as presidenciais de 18 de janeiro, Seguro disse que vai promover "uma convenção pela democracia", no dia 15 do presente mês.

"Por uma democracia de confiança, de oportunidade, onde tenhamos oportunidade de valorizar aquilo que nos une como povo nas nossas diferenças, mas também a oportunidade de discutir não a democracia só nos seus aspetos formais, mas substantiva, para que os problemas das pessoas possam ser resolvidos", adiantou.

Perante a hipotese de ser pela falta de respostas aos problemas das pessoas que surge o crescimento da extrema-direita, Seguro considera que "todos têm responsabilidades", apesar de "uns mais do que outros".

"O Estado, ao não dar resposta a muitos dos problemas sociais fez com que algumas das pessoas ficassem desiludidas, primeiro com os partidos e depois com a democracia. Não há alternativa à democracia. A alternativa à democracia são as ditaduras e nós não queremos mais ditaduras", aponta, considerando ser "preciso afirmar a democracia".

O antigo secretário-geral do PS afirmou não dar a "democracia por definitiva" nem "como qualquer coisa que já está adquirida" e por isso é, considerou, é necessário defendê-la.

"E muitas vezes, do lado do Estado e do lado dos atores políticos, houve muitos ataques à democracia, com casos designadamente na área da corrupção ou com casos de menor transparência. Quem quer servir o país e o serve através da democracia tem de ser exemplar no exercício dos cargos públicos", enfatiza.

Sobre os cartazes de André Ventura a atscer  as e os cidadãos do Bangladesh e os ciganos Seguro considerou que "são inaceitáveis e merecem o repúdio".

"Tenho uma opinião pessoal sobre o assunto, mas como candidato a Presidente da República não quero fazer pressão sobre os órgãos e as instituições que têm competências nessa matéria. Respeito essas competências e espero que cada um faça o seu trabalho", respondeu, quando questionado se o Ministério Público deveria atuar, tal como pediu, por exemplo, o líder do partido que o apoia, José Luís Carneiro.

A verdade é que ha um escandaloso silencio do MP face aos insultos ao Estado de Direito da cheganice toda ela !

Imagina u nu