Tudo resultando da nascida no pós II guerra Jugoslavia de Tito,  um país que era um conjunto de seis repúblicas regionais e duas províncias autônomas, que estava dividida segundo as etnias e que na década de 1990 separou-se em vários países independentes por quase imposição da Nato dos EUA e da UE.

As  oito unidades federais passaram a ser seis repúblicas: Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Macedônia, Montenegro, Sérvia, e as duas províncias autônomas ficaram com a Sérvia: Kosovo e Vojvodina. A Bósnia e Herzegovina não havia existido como um estado mesclado etnicamente desde 1465, e além disso não tinha uma maioria étnica clara, com 44% de bósnios muçulmanos, 33% de sérvios bósnios , 18% de bósnios croatas e outras minorias.

A distribuição geográfica dos grupos étnicos que compunham a Iugoslávia representava o feito de que cada nação tinha uma população em cada uma das seis repúblicas.

Entretanto o  Representante Especial Adjunto e Oficial Encarregado da Missão de Administração Interina da ONU no Kosovo (UNMIK), Milbert Dongjoon Shin, deverá apresentar um resumo sobre o último relatório do Secretário-Geral sobre a UNMIK (S/2025/634).

A Sérvia deverá participar de acordo com a regra 37 do regulamento interno provisório do Conselho, enquanto que o Kosovo e a União Europeia (UE) deverão participar de acordo com a regra 39.

Shin deverá destacar os principais desenvolvimentos políticos e de segurança no Kosovo durante o período abrangido pelo relatório do Secretário-Geral sabenfo-se que pouco progresso foi feito na implementação dos acordos facilitados pela UE, incluindo o Acordo de fevereiro de 2023 sobre o caminho para a normalização(também conhecido como Acordo de Ohrid), e que as tensões entre Belgrado e Pristina continuam a persistir.

As autoridades do Kosovo empreenderam ações policiais e judiciais contra vários representantes políticos sérvios do Kosovo e as tensões aumentaram entre Pristina e Belgrado após a prisão, em 18 de julho, de Igor Popović, Diretor Adjunto do Gabinete da Sérvia para Kosovo e Metohija e membro da equipe de negociação do Governo sérvio no diálogo facilitado pela UE, no posto de fronteira de Brnjak/Bërnjak.

As autoridades do Kosovo acusaram Popović de "incitar a discórdia e a intolerância" após ele ter supostamente chamado membros do Exército de Libertação do Kosovo (ELK) de "terroristas" durante um evento público em Rahovec/Orahovac no início daquele mês.

Em resposta à prisão, Belgrado descartou a possibilidade de diálogo com Pristina até que Popović seja libertado, com o Ministro das Relações Exteriores da Sérvia, Marko Đurić,  a declarar que "não pode haver diálogo com Pristina enquanto houver prisões e pressões sobre autoridades sérvias e o povo sérvio".

Em 9 de junho e 11 de setembro, o Representante Especial da UE para o Diálogo Belgrado-Pristina, Peter Sørensen, facilitou duas reuniões trilaterais em Bruxelas com os respectivos negociadores-chefes do Kosovo e da Sérvia, Besnik Bislimi e Petar Petković, sobre a implementação de acordos anteriores, incluindo o Acordo de Ohrid e a Declaração de maio de 2023 sobre Pessoas Desaparecidas.

Parece que a reunião de 11 de setembro terminou sem progresso significativo entre ambas as partes devido a opiniões divergentes sobre a priorização de questões na implementação de acordos anteriores.

Além disso, embora as partes tenham concordado formalmente com o estabelecimento da Comissão Conjunta sobre Pessoas Desaparecidas em dezembro de 2024, a sua reunião inaugural não ocorreu conforme programado após as negociações de 11 de setembro.

Vários membros do Conselho provavelmente ressaltarão a necessidade de as partes priorizarem a redução da tensão, absterem-se de medidas unilaterais e retomarem o diálogo facilitado pela UE, com o objetivo de normalizar o relacionamento entre Belgrado e Pristina.

Shin também deve enfatizar a fragilidade da situação de segurança no norte do Kosovo.