"Só é possível reformar o Serviço Nacional de Saúde se formos capazes de capacitar os cuidados primários, valorizando a saúde pública, os cuidados no domicílio e na comunidade, e garantindo que algumas especialidades médicas são oferecidas nos próprios cuidados primários", disse à Lusa José Luís Carneiro.
"Temos de ser capazes de aproximar as respostas das populações", sendo que o reforço dos centros de saúde é uma condição essencial para aliviar a pressão hospitalar.
O líder socialista defendeu também que é necessário "aperfeiçoar a articulação entre os cuidados primários e os cuidados hospitalares", sublinhando que essa coordenação é indispensável para evitar o "estrangulamento da resposta de emergência hospitalar".
"A situação que se vive, nomeadamente na Península de Setúbal e na Grande Lisboa, é de um autêntico caos", afirmou, apontando especificamente dificuldades nos serviços de obstetrícia, ginecologia e pediatria.
"As grávidas têm direito a respostas previsíveis, seguras e atempadas, e isso não está a acontecer", vincou.