O procurador antimáfia de Roma, Carlo Villani, coordenado pela adjunta Ilaria Calò, está a investigar o caso por danos com agravante do método mafioso, aguardando os primeiros relatórios das forças de segurança
"Ela estacionou o carro e passou por ali vinte minutos antes do incidente - informou ainda o jornalista. Parece tratar-se de um engenho rudimentar, mas agora é preciso verificar a natureza do explosivo. Com todas as ameaças que recebemos, não é fácil identificar a origem", disse Ranucci em declarações à agência Ansa.
Solidariedade a Ranucci de toda a política italiana
"Total solidariedade ao jornalista Sigfrido Ranucci e a mais firme condenação pelo grave ato intimidatório de que foi alvo. A liberdade e a independência da informação são valores inalienáveis das nossas democracias, que continuaremos a defender", escreveu a primeira-ministra Giorgia Meloni, numa nota divulgada pelo Palazzo Chigi.
"atentado assustador que nos remete para os anos mais sombrios. Estamos ao lado de Sigfrido Ranucci e da sua família depois que, durante a noite, o seu carro explodiu em frente à casa. Poucos minutos antes, a sua filha tinha passado por ali", escreveu o sindicato Usigrai num comunicado divulgado poucas horas após o atentado.
"Estamos certos de que nem Sigfrido nem os colegas do Report se deixarão intimidar. Estaremos sempre ao lado deles para que possam continuar livremente o seu trabalho de investigação - continua a nota do sindicato - Denunciámos nestes meses como a Rai reduziu o espaço disponível para o Report e, sobretudo, o clima de ódio e intolerância pelas investigações da redação.
No horário nobre da Rai1, chegou-se ao ponto de - por parte da segunda figura do Estado - definir os colegas do Report como 'caluniadores em série', sem que nem o apresentador nem a empresa se distanciassem. Uma campanha de ódio contra o jornalismo de investigação que deve terminar".