“Candidato-me para ser a Presidente que cuida da democracia, uma democracia forte que ocupa todos os locais das nossas vidas. A democracia ativa, que nos convoca em todas as idades e condições”, disse durante a apresentação da candidatura nas Galerias Geraldes da Silva, no Porto.
Apelou assim à "convergência" das forças que lutam pela democracia em torno da sua candidatura: “A candidatura presidencial é pessoal, mas é tão forte quanto mais partilhada for. Termino com um apelo e com um compromisso. Um apelo a que façamos deste movimento um espaço de encontro e de convergência. Esta candidatura não se define por fronteiras partidárias“, e está disponível para “dialogar com todas as pessoas, de todos os caminhos da política, empenhadas na democracia e que não desistem de um país melhor”.
“Nesta candidatura, haverá lugar para todas essas vozes”, reforçou, sublinhando que se apresenta como candidata a Presidente de Portugal com a sua "vida e experiência por inteiro". "Aqui estou como estou", afirmou, lembrando ainda a sua experiência partidária.
“Fui líder partidária durante mais de uma década, corri todo o país, falei com toda a gente, aprendi o mais que pude, negociei e aprovei quatro Orçamentos do Estado com medidas que ainda hoje são lembradas”, frisou.
"Aumentámos o salário mínimo e as pensões, melhorámos a justiça fiscal, trocámos recibos verdes por contratos de trabalho, reduzimos as propinas, garantimos manuais escolares gratuitos, defendemos os direitos das mulheres, garantimos proteção às crianças de todas as famílias. Sempre respeitei e cumpri todos os compromissos. Não consegui tudo o que queria, mas fiz tudo o que podia para o muito que é necessário", afirmou.
A aliás a sua candidatura "não será o debate entre a tragédia e o mais do mesmo": "É sobre a vida e o sonho. Esta é a candidatura que abraça a força do país que não desistiu e que se quer reinventar."
"Se deixar de sonhar, definha. Sei que a minha geração é talvez a última em Portugal que, não tendo conhecido a ditadura, chegou à idade adulta sempre com a democracia a provar essa capacidade de uma vida melhor, de concretizar sonhos, de acreditar que, por difícil que seja cada passo, o nosso caminho coletivo garantirá aos nossos filhos, pelo menos, aquilo que tivermos sido capazes de conquistar", sustentou.
Infelizmente Catarina Martins diz que não desistirá e que se apresenta "com a vontade de construir novas pontes e soluções". "Dei provas desse trabalho e sei que será determinante no próximo mandato presidencial. Afirmo o compromisso com a democracia, princípio e fim de todas as escolhas da República e que não será nunca mero ritual ou formalismo", referiu.
A eurodeputada disse ser esta a sua forma de vida, considerando que "se a política deixar de falar de si própria e falar para o país, com o país, a democracia terá esse novo impulso imprescindível".
Catarina Martins considerou ainda que "os últimos 20 anos provaram que o caminho é de grandes riscos". "O colapso do sistema financeiro internacional, a troika, a Covid, a inflação, a chegada ao nosso quotidiano das consequências da crise climática, a precipitação de uma revolução tecnológica que impôs como norma o isolamento e a desigualdade, inscreveram a palavra crise na entrada da vida adulta das novas gerações."
As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026.
Há 92 anos houve a Revolta de 18 de janeiro de 1934 uma anarqueirada ( Bento Gonçalves(?)) e esperamos que daqui a 92 anos não haja quem com mais razao ainda diga que as Presidenciais de 2026 nao foram uma “total borrada das Esquerdas” ao ponto de criarem as condições para o findar do tempo da atual Constituição da Republica!
Um PR, uma AR, um Governo, um Poder Local tudo na mao das direitas que querem que aconteça ?