Das 751 pessoas libertadas da prisão pelo indulto presidencial, apenas 22 haviam sido detidas por causa dos distúrbios pós-eleitorais.
Mondlane lembrou que, em 23 de março, havia assinado um acordo com Chapo que incluía o reconhecimento da necessidade urgente de libertar todos os detidos pela polícia durante os protestos.
Mondlane afirmou que havia um acordo para que o parlamento do país, a Assembleia da República, aprovasse leis de anistia e indulto para os detidos.
Mas, oito meses depois, nada aconteceu. Chapo, acusou Mondlane, não apresentou um projeto de lei de anistia à Assembleia.
Mondlane temia que Chapo quisesse manter a maior parte dos detidos na prisão.
Ele considerava o indulto anunciado na segunda-feira uma mera formalidade.
Chapo havia incumprido o acordo firmado com Mondlane e preferia "uma agenda subversiva para manter essas pessoas detidas ilegalmente".
Ele havia concedido indulto a pessoas acusadas de outros crimes, como roubo, mas preferiu manter encarcerados aqueles que protestaram contra eleições fraudulentas.
Durante a transmissão, Mondlane exibiu um documento que, segundo ele, era a ata de sua reunião de março com Chapo.
Chapo negou ter chegado a qualquer acordo com Mondlane, e Mondlane rejeitou essa alegação com as palavras "o presidente ilegítimo de Moçambique é desonesto".
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