Há relatos de que mísseis israelitas atingiram quatro locais na província do Azerbaijão Oriental e foram disparados nas cidades de Khorramabad e Kermanshah.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) estão a expandir a sua ofensiva militar contra o programa nuclear iraniano e "a agir com determinação", disse Dmitri Gendelman, assessor do Gabinete do Primeiro-Ministro israelita Benjamin Netanyahu, em sua plataforma Telegram.

As tensões no Médio Oriente permanecem em níveis críticos após a recente troca de ataques entre Israel e o Irão, que deixou dezenas de vítimas e causou danos materiais significativos em ambos os países.

Nesse contexto, o presidente russo, Vladimir Putin, conversou por telefone com seu homólogo americano, Donald Trump, onde discutiram o agravamento da situação regional.

Durante a conversa, Putin condenou veementemente a operação israelita contra o território iraniano e expressou profunda preocupação com a possível escalada do conflito .

O líder russo informou tambem Trump sobre os contatos diplomáticos que manteve com os líderes de Israel e do Irão na tentativa de mediar a crise.

Por sua vez, Trump reconheceu a eficácia dos ataques israelitas, mas expressou a sua disposição de iniciar negociações com o Irão para buscar uma solução pacífica para o conflito.

Tambem  o presidente turco Recep Tayyip Erdogan manteve conversas com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita , onde enfatizou que o governo Netanyahu representa "a maior ameaça à estabilidade e segurança regionais", demonstrando isso mais uma vez com seu ataque ao Irão.

Erdogan acentuou  que Israel deve cessar suas ações militares para reduzir as tensões na região, alertando que o ataque israelita visa minar os esforços de paz .

O líder turco explicou que os bombardeamentos, que causaram vazamentos nucleares, demonstram como Israel ameaça irresponsavelmente a segurança regional e internacional.

"A região não pode tolerar uma nova crise ou uma guerra devastadora ", declarou Erdogan, insistindo que a disputa nuclear só pode ser resolvida por meio de negociações diplomáticas.

As operações militares deixam um saldo trágico

A escalada militar intensificou-se depois  do lançamento da Operação Leão Ascendente por Israel, provocando uma resposta imediata de Teerã sob a chamada Operação Verdadeira Promessa III.

Essa troca de ataques resultou num trágico número de vítimas civis e militares.

Segundo dados oficiais do enviado iraniano à ONU, o Irão registrou 78 mortes e 320 feridos, a maioria civis.

Israel, por sua vez, relata três mortes e 91 feridos, segundo a imprensa local.

Os bombardeamentos atingiram infraestruturas críticas em ambos os países.

Em Israel, Tel Aviv sofreu graves danos, e o quartel-general das Forças de Defesa de Israel foi atingido por projéteis iranianos. No Irão, explosões atingiram cidades importantes como Tabriz, onde uma refinaria de petróleo foi alvo de ataques aéreos israelenses.

A crise atual representa um dos momentos mais perigosos nas relações entre Israel e o Irão, com o risco latente de arrastar outros atores regionais e internacionais para um conflito maior.

A Força de Defesa Aérea do Exército Iraniano anunciou neste sábado que neutralizou oito aviões de guerra israelitas  e vários mísseis e drones durante os recentes ataques do regime israelense ao Irã.

Além disso, a fonte militar acrescentou que vários drones, miniveículos aéreos (MAVs) e mísseis do regime foram eliminados com sucesso durante os combates devido à extensa preparação dos sistemas de defesa aérea do país.

Israel  tirou a vida de pelo menos 60 pessoas, incluindo 20 crianças, na sexta-feira, 13 de junho, após um brutal ataque aéreo israelita contra um prédio de 14 andares no complexo residencial Martyr Chamran, localizado a nordeste de Teerã, a capital iraniana.

Até o momento, 38 pessoas foram resgatadas dos escombros, mas a televisão iraniana noticiou que 10 crianças, incluindo bebês com menos de nove meses, estão entre as que ainda estão sob os escombros.

A agressão israelita não impactou apenas a infraestrutura civil, mas também ceifou a vida de importantes figuras militares e científicas como  o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Iranianas, Mohammad Bagheri, o Comandante-em-Chefe do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), Hossein Salami, o Comandante do Quartel-General iraniano de Khatam al-Anbiya, Gholam-Ali Rashid, e o Comandante da Divisão Aeroespacial do IRGC, Amir Ali Hajizadeh, foram mortos nesses ataques.

Do Brasil a bancada parlamentar do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados divulgou um comunicado na  sexta-feira, 13.06, expressando sua veemente condenação aos recentes ataques perpetrados pelo Estado sionista de Israel contra o Irã.

De acordo com o documento, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ignorou o direito internacional e os direitos humanos ao lançar mísseis que causaram inúmeras vítimas, incluindo militares, cientistas e acadêmicos, além de suas famílias.

A declaração também se refere à prolongada crise humanitária em Gaza, denunciando que o número de mortos na Palestina já ultrapassou 50.000 mortos e 113.000 feridos nos últimos 20 meses de conflito.

Para a bancada parlamentar do PT, a ofensiva israelense não pode continuar impune, especialmente com a intensificação das hostilidades apoiadas pelos EUA contra o Irã.