Duas mulheres nas leituras da missa celebrada por Leão XIV — um gesto simbólico ou uma verdadeira mudança? Sim, o novo Papa é um crítico contundente de Donald Trump, mas até que ponto essa abertura se traduz em ação concreta?

Catarina Guerreiro, editora-executiva da CNN Portugal, teve o mérito de destacar um gesto que passou despercebido para muitos: na primeira missa presidida por Leão XIV, foram escolhidas duas mulheres para realizar as leituras litúrgicas habituais. Um sinal de mudança?

Mas… em pleno século XXI, no ano de 2025, não será ainda demasiado pouco? Afinal, os resquícios do patriarcalismo continuam bem presentes — inclusive em muitas Maçonarias que se dizem progressistas.

Até porque, “O Papa Francisco nomeou a freira Raffaella Petrini como governadora do Estado da Cidade do Vaticano, tornando-se a primeira mulher a desempenhar este cargo, que iniciará em 1 de março, anunciou este sábado o Vaticano.” ( 15.02.25), num ato realmente proximo dos tempos hodiernos.

Mas nao podemos esquecer que durante a missa, “de posse”, Leão XIV fez homenagens ao apóstolo São Pedro, considerado o primeiro papa, o que é hoje contestado  nos livros apocrifos e pediu bênção a Pedro para seu papado. O novo pontífice celebrou a missa em inglês e italiano, e alguns  trechos em latim num enorme retrocesso!

Mas enquanto bispo Prevost nao temeu criticar Trump, há que o lembrar numa  postagem denuncia  que "Trump e (o presidente salvadorenho, Nayib) Bukele, usam o (Salão) Oval para fazer a deportação ilícita de um residente americano pelo governo federal (...)", em referência à polemica deportação do salvadorenho Kilmar García, que foi deportado por engano durante a gestão Trump.

E nao temeu responder a uma entrevista à rede de TV Fox News, do vice presidente Vance que tinha  dito que "existe um conceito cristão de que você ama sua família, depois ama seu próximo, depois ama sua comunidade, depois ama seus concidadãos e, depois disso, prioriza o resto do mundo. Boa parte da extrema esquerda inverteu completamente isso".

Ora o bispo Prevost nao calou a sua voz “JD Vance está errado: Jesus não nos pede para classificar nosso amor pelos outros", postou o então cardeal Prevost, em resposta.

Mas hoje na Oração Regima Coeli  soube dizer Nunca mais a guerra mas citando somente os ucranianos como se os russos, os civis como os ucranianos atacados com drones, ou claro os desertores que vivem até com mais dificuldades que os desertores ucranianos e os militares humanos que sao, nao merecessem oraçao!

Quanto à agora famosa Rerum Novarum e ao papel da Mulher nesta “doutrina social” de Leao XIII segue este apontamento, “Assim, este direito de propriedade que Nós, em nome da natureza, reivindicamos para o indivíduo, é preciso agora transferi-lo para o homem constituído chefe de família. Isto não basta: passando para a sociedade doméstica, este direito adquire aí tanto maior força quanto mais extensão lá recebe a pessoa humana.

A natureza não impõe somente ao pai de família o dever sagrado de alimentar e sustentar seus filhos;…”