O objectivo é que demita o CEO da NATS (National Air Traffic Services), Martin Rolfe.

Este ja repetido  pedido, surge após mais de 7.000 passageiros da companhia experimentarem atrasos de até 30 minutos nos  seus voos para e do Reino Unido na última quinta-feira, 14 de agosto.

Segundo esta companhia aérea irlandesa, estes atrasos são resultado direto de “gestão inadequada repetida e falta de pessoal” na NATS, provedor de serviços de controle de tráfego aéreo do país.

Um porta-voz da Ryanair afirmou que “o serviço de controle de tráfego aéreo do Reino Unido está em caos sob a gestão do CEO da NATS, Martin Rolfe”.

Ele acrescentou que “é hora de Heidi Alexander agir e demiti-lo em prol dos passageiros britânicos, que deveriam poder viajar sem sofrer atrasos desnecessários devido à má gestão e à falta de pessoal na NATS”.

Esse alerta vem quase exatamente dois anos depois  da falha massiva do sistema de controle de tráfego aéreo da NATS em agosto de 2023, que levou ao cancelamento de milhares de voos e afetou centenas de milhares de viajantes.

O incidente já havia colocado a gestão de Rolfe e a capacidade tecnológica da organização sob intenso escrutínio.

A escassez de controladores de tráfego aéreo é um desafio que afeta vários provedores de navegação aérea na Europa.

No entanto, a Ryanair insiste que a situação no Reino Unido é particularmente grave e que a responsabilidade recai inteiramente sobre a alta administração da NATS.

Em Portugal tamben há um défice de controladores de tráfego aéreo no país, o que tem levado a alertas internacionais e a NAV Portugal, entidade responsável pela formação, está a reforçar o número de formandos e a realizar novos concursos para aumentar o efetivo. 
Para ser CTA é necessária uma formação específica ministrada em exclusivo pela empresa responsável pela Navegação Aérea em Portugal – NAV Portugal, EPE – que divulga publicamente a abertura de cada concurso

Mas a verdade é que a escassez de controladores de tráfego aéreo, especialmente nos EUA, redulta  de um declínio na força de trabalho ao longo de décadas, dadas as aposentadorias crescentes, e um fluxo de novos controladores que não acompanha a procura.

Esta situação leva a atrasos em voos, excesso de trabalho e fadiga entre os controladores, com a FAA tentando reverter a situação através da contratação e treinamento de novos profissionais.