"Em uma ação realizada antes do amanhecer de hoje, 20 de dezembro, a Guarda Costeira dos EUA, com o apoio do Departamento de Guerra, apreendeu um petroleiro que estava atracado na Venezuela", disse a chefe do Departamento de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, em uma publicação no Facebook.
O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, declarou
"Estamos a travar uma batalha contra mentiras, manipulação, interferência, ameaças militares e guerra psicológica", disse o ministro da Defesa, acrescentando: "Isso não nos intimidará".
Atualmente, há 11 navios de guerra dos EUA no Caribe: o maior porta-aviões do mundo, um navio de assalto anfíbio, dois navios de transporte anfíbio, dois cruzadores e cinco destróieres.
Há também embarcações da Guarda Costeira dos EUA posicionadas na região, mas o serviço se recusou a fornecer números relativos a esses recursos "por razões de segurança operacional".
Os críticos questionaram a legalidade dos ataques, que já mataram mais de 100 pessoas.
O governo venezuelano condenou fortemente no sábado. 20.12 o que descreveu como o roubo e sequestro de um petroleiro privado por militares dos EUA.
Num um comunicado oficial divulgado pela vice-presidente executiva Delcy Rodríguez, o país denunciou o incidente, ocorrido em águas internacionais, e relatou o desaparecimento forçado da tripulação, classificando o evento como um grave ato de pirataria moderna.
O governo venezuelano especificou que essas ações representam uma violação flagrante de diversas normas internacionais, citando especificamente a Convenção de 1988 para a Supressão de Atos Ilícitos contra a Segurança da Navegação Marítima.
A declaração indica ainda que essa conduta viola princípios fundamentais estabelecidos na Carta das Nações Unidas e na Convenção de Genebra sobre o Alto Mar, que regem as relações de amizade, cooperação e respeito à soberania entre os Estados.
Na carta, o Governo afirmou que essas práticas fazem parte de um modelo colonialista promovido por Washington, que, segundo eles, será derrotado pela determinação do povo venezuelano.
Apesar desses ataques, o país manterá sua trajetória de crescimento econômico baseada em seus setores produtivos e no desenvolvimento soberano de sua indústria de hidrocarbonetos, sem ceder a pressões externas que busquem condicionar sua atividade comercial.
S Venezuela reafirmou seu compromisso de não deixar esses atos impunes, anunciando que tomará todas as medidas legais e diplomáticas cabíveis.
Isso inclui a apresentação de uma queixa formal ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e a outras organizações multilaterais, na convicção de que o direito internacional prevalecerá e os responsáveis por esse ato criminoso serão responsabilizados perante a justiça e a história internacional.
Eis o comunicado na íntegra,