Uma útil entrevista antiga, pós eleitoral, de José Gil. 

Um  filósofo, ensaísta e professor universitário português como José Gil que por razões óbvias se licenciou em Filosofia, pela Universidade de Paris, em 1968. e que foi considerado pelo semanário das Esquerdas francês Le Nouvel Observateur, um dos 25 grandes pensadores do mundo foi chamado à reflexão ( à liça …) pela TSF 3 dias depois da derrota eleitoral das Esquerdas e merece ser lembrado!

José Gil disse então que Portugal está próximo  de um precipício, considerando o resultado das legislativas. Acentuou ainda que  nem mesmo a AD pode andar  descansada com o voto dos portugueses, apesar da vitória nas urnas. 

"Nós estamos a viver mundialmente, na Europa, - estou a falar nós os democratas, nós a democracia, e nesta democracia eu englobo a esquerda e a direita tradicionais -, estamos a viver à beira do precipício.

Toda a gente está à espera que qualquer coisa aconteça, ou que vá para um lado ou que vá para o outro, mas muito provavelmente só para um lado. A saber que a onda se torna um tsunami e a extrema-direita tome o poder em França, tome o poder em Itália, que não tem ainda o poder todo, longe disso, na Alemanha, etc.

E estamos a viver na corda bamba. Quando me pergunta: a AD pode estar descansada? Eu acho que não, mas nenhum partido hoje democrata pode estar descansado", afirmou José Gil  à TSF.

A razao deste processo na nossa humilde opinião passa pela coligação de interesses dos ultra minoritários 1% mais ricos do mundo como o apartheidista Musk com as fanaticas seitas religiosas fascistas à opusdei e evangelicos do continente americano, bem trumpistas!

José Gil diz que não tem dúvidas em afirmar que o racismo está entranhado em Portugal. "Eu não lhe vou dizer que os portugueses não são racistas, os portugueses não são xenófobos. Eu posso dizer isso, não são. Hoje eu verifico que em certas corporações há racismo.

Há um sistema material, um funcionamento, que leva e predispõe ao racismo e à xenofobia. Portanto, isso tudo tem de ser analisado. Não se pode já etiquetar antes dessa análise. Eu não lhe chamo reflexão, dizem que é uma reflexão, é esconder uma espécie de incapacidade de ver mais longe", argumenta.

Nós acrescentariamos que o facto das Direitas democraticas e das Esquerdas terem-se imiscuido com o mplismo e as ditaduras de partido unico alimentaram esta predisposição da lusa cidadania para desprezar a Democracia, os Direitos Humanos e para encostarem às racistas e xenofobas teses de “maioria racica” dos fascistas à Nogueira Pinto, ou Pacheco de Amorim, um a reaparecer nas tvês e outro ( felizmente) a perder o cargo que ja teve de vice presidente da AR!

Jose Gil  considera que "A luta agora já não é prioritariamente contra a democracia liberal que a esquerda visa sempre, mas tem de ser contra a extrema-direita. Isso foi o erro principal que começou, já toda a gente sabe, antes de António Costa, mas com António Costa que teve uma expressão sintomática com este dirigente do PS que precisamente era uma pessoa reativa, reagia constantemente a quê? Ao PS, à democracia liberal e não foi capaz de pensar um socialismo, um pensamento social novo, que tenha como prioridade primeira a defesa e reformulação da democracia, contra, neste caso, o Chega."

Do nosso ponto de vista enquanto as Esquerdas nao se reencontrarem se reconciliarem com o imperio de 5 seculos com a criaçao deste Novo Mundo nascido dos Reencontros gerados pela lusa marinhagem ( ja de si bem miscigenada) e apesar da dramática escravatura e do colonialismo novecentista da global miscegenação, Portugal nao se libertará desse doentio fascismo!

Na restante Europa, do Atlantico aos Urais ( para incluir a Russia) o problema é bem outro e passa sobretudo, entrndemos nós pela superação de tribalismos ainda dominantes!

Para terminar dizemos que estamos com José Gil - de nada valerá unir todos os partidos da esquerda se não for para combater, em primeiro lugar, o Fascismo!