Um andor por Lisboa 

Se forem a qualquer documentação dos seculos XV ( final) XVI, XVII e XVIII constatarao a metropole da 1.a Globalização que era Lisboa e a sua óbvia influencia no resto do país.

Vamos pois olhar para esta Lisboa que aparentemente ha quem queira tudo fazer por esquecer e sejamos serios à Esquerda e à Direita uns porque vêm a arvore ( a dramatica escravatura) e não a floresta ( a miscegenação de raiz lusofona continentes fora)

Nos fins do seculo XV e no século XVI, Lisboa era uma grande metrópole, um centro vital do Império português um centro de comércio e de cultura, onde se misturavam influências portuguesas, europeias várias  e africanas e um porto internacional de grande importância.

A cidade, tinha  uma população de cerca de 100.000 habitantes, sendo de onde  se partia para as rotas marítimas que ligavam Portugal às suas colónias em África, Ásia e Brasil.
Lisboa era uma capital Impérial em consequência dos reencontros marítimos e da lusa expansão .

A partir de Lisboa, partiam as expedições para novos e antigos territórios em todo o mundo, trazendo para a cidade riquezas, produtos exóticos e conhecimentos originados de multiplas permutas
O porto de Lisboa vivia os aureos tempos  de ser  dos mais importantes do mundo, e a cidade era um ponto de passagem e de comércio para navios de quase todas as  nacionalidades europeias e do norte de Africa.

O Tejo, o rio que atravessa Lisboa, era considerado um dos principais rios do mundo, com grande significado simbólico e econômico. 
A riqueza que chegava de África, Ásia e Brasil, através do comércio marítimo, fez de  Lisboa um imenso centro de luxo e cultura um ponto de encontro de diferentes culturas, com influência da arte renascentista, da arquitetura manuelina e dos produtos importados de outras regiões do mundo. 
A cidade crescia em direção ao rio Tejo, com a construção de casas e palácios fora das muralhas. A zona ribeirinha e a visivel construção de palácios pela nobreza e por mercadores enriquecidos refletiam a riqueza e a importância de Lisboa como metrópole com inumeros edifícios religiosos e palácios da casta nobre

A Casa da Índia, responsável pelo comércio com a Ásia, era um símbolo do poder e da influência de Lisboa no Império
No século XVII, Lisboa continuava a ser uma metrópole vibrante e cosmopolita, o principal centro político, economico e cultural de Portugal e do seu vasto império ultramarino.

A cidade era a maior da Península Ibérica, com cerca de 200.000 habitantes, e a 4ª maior da Europa. 
A cidade concentrava o poder político, religioso e economico, sendo o lar de governantes, nobres, clérigos, comerciantes e artesãos com uma população variada, por entre portugueses, estrangeiros, escravos e libertos, enfim  uma sociedade cosmopolita. 
Mas como todas as metropoles de entao a par da riqueza dos palácios e igrejas, Lisboa era vista por alguns viajantes como imunda e com problemas de saneamento, refletindo a desigualdade social. 
De repente veio o desastre de 1755

Lisboa era pois uma cidade de contrastes entre  ricos e pobres, em extremos de opulência e de miséria com centenas de mendigos nas ruas imundas e à porta  de mosteiros e conventos aguardando por comida e abrigo. No século XVIII, os pobres em Portugal dependiam da caridade, recebendo apoio sobretudo da Igreja Católica e com os aristocratas a terem os “seus” pobres, a quem davam esmola e prestavam assistência regularmente.  

Mercadores e marinheiros misturavam-se nas ruas par a par com  as muitas mulheres africanas que vendiam milho, arroz e toucinho cozido e que hoje se passeiam pelo nosso sangue.

Um grande número de artesãos como pasteleiros, confeiteiros, ferreiros e padeiros  em profissões associadas ao consumo de luxo, ourives, cabeleireiro e mestres de cabeleiras, alfaiates, podendo tornar-se muito ricos e influentes, consoante a sua clientela.

Por outro lado, os aprendizes das profissões podiam por vezes pertencer a famílias muito pobres e serem colocados, quase num regime de semi-escravatura, a aprender o ofício de sapateiro, tanoeiro ou cordoeiro.

Os soldados ganhavam o soldo, sobretudo no tempo de guerra, por vezes pago em alimento, mas em geral viviam com muito pouco, recebendo com atraso os seus salários e permanecendo meses e por vezes anos, sem receber.

Os relatos dos solados esfarrapados e miseráveis, por vezes oficiais, engrossando o crime e pedindo esmola tornaram-se uma das marcas de Lisboa de meados do século XVIII.

Existia ainda uma multidão de gente ligada aos ofícios do mar, desde ajudantes de pescadores, remadores, marinheiros e carregadores, até vendedoras de peixe frito ou sardinheiras, vivendo do trabalho diário e pouco especializado. 

Muitos destes trabalhos eram feitos por escravos muitas vezes  alugados pelos seus senhores para trabalhos à jorna, embora alguns ganhassem algum dinheiro como artistas, cantores e tocadores de viola ou caiadores de casas.

Mesmo depois de libertos, muitos dos escravizados continuavam a desempenhar estes trabalhos. 

Com cerca de 200 000 habitantes, Lisboa seria a 4ª maior cidade da Europa e embora nao poucos  viajantes a considerassem imunda, repleta de cães vadios e animais de grande porte, a riqueza dos palácios e igrejas impressionava os estrangeiros.

Fossem os cibórios de ouro da Igreja Patriarcal, os cofres da Casa da Índia, as joias da Igreja de S. Roque, ou o interior das igrejas, onde faiscavam os diamantes encrustados em toalhas, cortinas e paramentos, as alfaias eram forjadas em metais preciosos e os altares revestidos a ouro.

O exemplo mais extremo era a famosa Igreja Patriarcal, com a sua legião de músicos e cantores. O cardeal patriarca circulava pelas ruas de coche com as suas dezenas de criados, com calções largos, cabeleira e vestes encarnadas, bordadas a ouro, numa imitação do séquito do Papa.

As paredes dos palácios escondiam os mais raros tesouros, como na casa do Duque de Lafões, onde havia quadros de Ticiano, Veronese e Rubens e em dias de festa, a comida era servida em magníficas baixelas de prata por batalhões de criados ricamente vestidos.

As senhoras abastadas vestiam-se à moda francesa, com os ombros envoltos em xailes orientais.

No Paço da Ribeira – onde vivia o rei – havia tapeçarias da Flandres, tetos pintados por mestres italianos e porcelanas chinesas, uma biblioteca vasta - cerca de 70.000 volumes, e todos os objetos raros e preciosos acumulados por séculos de presentes diplomáticos.  

E nunca menos de 30% dos viventes em Lisboa e nao so eram gentes vindas de todas as partes do planeta que por ca se quedavam porque Lisboa era a NY a Paris de entao!

Sem falar dos 10% ( pelo menos) de escravos que serviam os srs de Lisboa nem todos portugueses como ate o mostram pinturas da epoca com fidalgos negros no espaco que hoje é o Terreiro do Paço

Toda essa populacao que nao foi alvo de expulsao nem de genocidio continua por cá - no meu e no vosso  sangue !

É a consequencia de se ter sido a potencia n.o 1 por seculos e so lamento perdoem que mesmo lembrando o V Imperio se recuse que este so surgirá ou ressurgirá quando os lusos cidadaos reconhecerem a Diversidade no seu Imperio!

Se lidamos numa economia global e se temos como atividade dominante uma atividade das mais globalizadas - o Turismo - esperam o quê?

Finalmente e para tornar tudo transparente como a agua quem acham que incentiva a entrada dos imigrantes

O Estado?

Os politicos?

Nop!

Os empresarios!