Fez entao  um discurso marcado por críticas aos investimentos internacionais em guerras e pela defesa de mais recursos para combater a crise climática.

Ele afirmou que “se os homens que fazem guerra estivessem aqui nessa COP, eles iriam perceber que é muito mais barato colocar um trilião e trezentos bilhões de dólares para a gente acabar com o problema que mata, do que colocar dois triliões e setecentos biliões de dólares para fazer guerra como fizemos ano passado.”

O discurso  aconteceu à frente de delegações de todo o mundo e marcou um momento simbólico para o Brasil, que sedia o encontro no coração da Amazônia pela primeira vez.

ILula celebrou o protagonismo do Pará e da cidade de Belém, exaltando a decisão política de realizar o evento na região amazonica — um gesto que, segundo ele, evidencia o compromisso do país com a preservação ambiental e com a inclusão das populações tradicionais no debate global.

“Fazer a COP aqui é um desafio tão grande quanto acabar com a poluição do planeta”, afirmou o presidente.

Lula destacou ainda a importância do envolvimento social e da hospitalidade paraense, incentivando os visitantes a conhecerem a cultura, a culinária e a força do povo da Amazônia.

“Aqui vocês vão comer comida que vocês não comeram em nenhum lugar do mundo... e não se esqueçam da maniçoba”, brincou, arrancando risos da plateia ao mencionar a rivalidade culinária entre Pará, Rio de Janeiro e Bahia.

O presidente relembrou a Cimeira da Terra de 1992, no Rio de Janeiro, e a importância das bases conceituais lançadas naquela época, como o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade comum, porém diferenciada.

Agora, segundo ele, trazer novamente a convenção ao Brasil representa uma oportunidade de “recuperar o entusiasmo que embala o nascimento do multilateralismo ambiental”.

Belém será palco de negociações decisivas, reunindo governadores, prefeitos, cientistas, parlamentares e organizações da sociedade civil.

Ao defender cooperação global e investimentos robustos no clima, Lula reforçou o recado: o combate às mudanças climáticas é urgente — e muito menos custoso que a destruição provocada pelas guerras.

 

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