Este apoio  traduz-se  num “apelo ao voto”, que estranhamente  “não prejudica a liberdade que os dirigentes, militantes e simpatizantes sempre tiveram e deverão continuar a ter numa eleição com esta tipicidade”.

Como se este parágrafo fosse necessario num apoio a uma candidatura a não ser para satisfazer apetites individuais de uns tantos dirigentes muito “marinheiros”!

Enfim claramente à direita!

José Luís Carneiro e Carlos César entendem que António José Seguro é “a solução mais próxima das preocupações que motivam os cidadãos e os movimentos que se reclamam da esquerda democrática”.

Na verdade ambos fogem de assumir o essencial - uma vitoria da direita nas presidenciais trará o eliminar da atual Constituição da República!

Porque um PR, um PM, um Governo, uma AR e um Poder Local todo à direita permite tal!

E estranhamente é este risco aue é ignorado no abaixo comunicado do PS

Leiamos a resolução da Comissão Nacional do Partido Socialista sobre as presidenciais:

"A Comissão Nacional do Partido Socialista, reunida em Penafiel - e após debate sobre as eleições presidenciais, adotou formalmente a decisão do partido de apoiar o candidato António José Seguro.
O apoio agora tornado público
não prejudica a liberdade que os dirigentes, militantes e simpatizantes sempre tiveram e deverão continuar a ter numa eleição com esta tipicidade.
A eleição presidencial é, sabemos, uma eleição em que os candidatos e os eleitores decidem de acordo com
critérios de avaliação pessoal. Mas, entendeu-se, e bem, que no tempo devido e nesta fase especialmente sensível no plano político nacional, o partido devia tomar pública a sua apreciação sobre o que está em causa.
O PS, tal como certamente uma maioria dos portugueses,
preocupam-se com os riscos para o nosso Pais que resultariam de um desfecho eleitoral presidencial alimentador de radicalismos, de indefinições perigosas e de partidarismos extremos, ou de adulteração dos direitos constitucionais que enformam garantias individuais e de cidadania. Cumulativamente, o PS espera do novo Presidente da República um entendimento respeitador das competências dos diferentes órgãos de soberania e uma ação de redução da permeabilização dos poderes políticos aos retrocessos e ao enfraquecimento do nosso Estado de Direito Democrático.
As funções de um Presidente da República são muito exigentes, devendo contar para o
melhor equilíbrio dos interesses sociais, culturais, políticos e partidários múltiplos que coexistem na sociedade portuguesa e suster as tentativas de desvalorização das marcas de abril no Portugal de hoje e do próximo futuro.
Ao PS não restam dúvidas que a
defesa da Democracia é, hoje, uma prioridade. Não restam dúvidas que, também na Presidência da República, essa defesa deve encontrar uma referenciação impulsionadora.
Espera-se que o próximo Presidente da República tenha, igualmente, num mundo onde subsistem conflitos armados e riscos múltiplos para a segurança e a paz,
uma leitura conhecedora, progressista, suficiente e previamente aclarada, sobre as questões essenciais que configuram a atualidade internacional
É na pesagem dessas considerações que, face aos candidatos que confirmaram a sua candidatura, o Partido Socialista ponderou a sua decisão. É o que agora faz, no calendário que previamente estabeleceu,
apelando ao voto em António José Seguro por considerar ser a solução mais próxima das preocupações que motivam os cidadãos e os movimentos que se reclamam da esquerda democrática, como é o caso do Partido Socialista.

Penafiel, 19 de outubro"