"A redução do IRS implica uma alteração da tabela de retenção da fonte. Não implica que se faça uma alteração da tabela de retenção da fonte para lá daquilo que está justificado", acrescentou o líder do PS.

Para Pedro Nuno Santos, as alterações na tabela de retenções do IRS foram feitas "porque o Governo da AD tinha a expectativa de umas eleições antecipadas" e porque "Luís Montenegro governa só a pensar em eleições".

Pedro Nuno Santos deu também como exemplo da forma de governar do atual executivo de Luís Montenegro, a alegada indicação do Ministério da Saúde para que se proceda já na próxima semana ao pagamento de salários aos médicos, já com aumentos, que, em condições normais, só deveriam ser processados em maio.

"Há um padrão de comportamento deste líder do Governo português, que é Luís Montenegro. E hoje o exemplo é esta antecipação dos pagamentos aos médicos. A única motivação para estas decisões, para esta forma de estar, é eleitoral", frisou o líder do PS.

"Isto não é aceitável num político. Nós temos mesmo de condenar esta forma de manipulação, de tentativa de enganar persistente de Luís Montenegro na sua gestão política", defendeu o dirigente socialista.

Na visita à 5.ª Esquadra da PSP do Barreiro, Pedro Nuno Santos reafirmou também a preocupação dos socialistas com o aumento da criminalidade violenta no país, com a violência entre jovens e as violações.

O unico argumento ate agora de presidente do PSD, Montenegro, para a ausência ou redução de reembolso de IRS é “por uma boa razão”, defendendo retenções do imposto mais próximas daquilo que vier a ser cobrado… enfim nada dizendo quanto ao truque potencialmente pré eleitoralista de 2024

O Conselho das Finanças Públicas calcula que os reembolsos de IRS deverão reduzir-se em 1167 milhões de euros em 2025 devido às alterações na retenção na fonte no ano passado, tendo um impacto positivo na receita fiscal.

Por isso o PS acusa Governo de aumentar carga fiscal e iludir as e os cidadaos com retenções na fonte do IRS

PS citou os recentes indicadores sobre a evolução da economia portuguesa para denunciar o incumprimento das promessas de Montenegro, defendendo que houve um aumento da carga fiscal sobre empresas e famílias.

"O que antes o ainda primeiro-ministro classificava como esbulho fiscal, é hoje o resultado que o Governo da AD tem para apresentar. Até agora, ainda não ouvimos do Governo e dos responsáveis da AD um pedido de desculpa aos portugueses, porque objetivamente estiveram sempre enganados e quiseram deliberadamente enganar os portugueses"

O dirigente socialista António Mendonça Mendes acusou nesta quarta-feira o Governo de ter aumentado a carga fiscal e de ter procurado iludir os portugueses com “habilidades” ao nível das retenções na fonte em sede de IRS.

Tendo como base os mais recentes indicadores sobre a evolução da economia portuguesa, António Mendonça Mendes afirmou que, ao contrário das promessas do primeiro-ministro, Luís Montenegro, verificou-se que aumentou a carga fiscal sobre as empresas e sobre as famílias.

“O que antes o ainda primeiro-ministro classificava como esbulho fiscal, é hoje o resultado que o Governo da AD tem para apresentar. Até agora, ainda não ouvimos do Governo e dos responsáveis da AD um pedido de desculpa aos portugueses, porque objetivamente estiveram sempre enganados e quiseram deliberadamente enganar os portugueses”, afirmou.

António Mendonça Mendes, membro do Secretariado Nacional do PS, apontou depois que “o PSD e o CDS têm para apresentar como resultado a segunda maior carga fiscal do século”.

“Repito, a segunda maior carga fiscal do século”, salientou, antes de se referir à questão das mudanças operadas a partir de setembro de 2024 ao nível das retenções na fonte em sede de IRS.

António Mendonça Mendes disse acreditar que, com as mudanças feitas pelo atual Governo, os reembolsos vão agora baixar de forma acentuada, ou até mesmo fazer com que parte dos contribuintes tenha de pagar para acerto de contas.

“Os portugueses começaram desde ontem [segunda-feira] a perceber que o nível de reembolso do IRS cai este ano de forma substancial face ao ano passado. Muitos contribuintes passam de receber reembolso para terem agora que pagar imposto – e é já nas próximas semanas”, assinalou.