Assim só ficam com acesso gratuito à Internet os abrangidos pelos três escalões da Ação Social, os que estudam por manuais digitais ou têm de fazer provas digitais no final do ano.
Eis a machadada final na revolução digital iniciada com Socrates e os famosos Magalhaes tão odiados pela lusa direita opusdeista!
Um escando mais para a lista das incompetência do governo Montenegro!
Tanto a Fenprof e diretores escolares bem se esforçam por alertar que muito do trabalho dos docentes é feito em casa e exi- gem conetividade mas para reduzir o IRS e o IRC ha que poupar no resto!
Algo que a IL se esquece sempre de avisar
“Querem ensino digital, mas vão retirar acesso à maioria. Temos de ter condições de trabalho. A decisão deve ser revertida”, pede o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públi- cas (ANDAEP).
Filinto Lima garante que as escolas continuam com milhares de computadores avariados, sem técnicos ou verba para os arranjar e alunos ainda à espera de equipamentos
As provas digitais no 9.o ano fo- ram adiadas porque mais de 13 mil alunos não tinham computadores. “Agora a situação ainda está pior. E já não se pode retroceder”, diz Filinto Lima, receando “constrangimentos” nas atividades em sala de aula, que se desejam cada vez mais digitais e também em casa porque ainda há famílias sem Internet e a rede das escolas continua por reforçar, critica
Segundo a Fenprof, as avarias e falhas na rede das escolas foram das principais queixas dos diretores.
As critica a esta medida que força os professores a pagar a Internet para conseguirem trabalhar são generalizadas
“Muitas das reuniões, que são ao final do dia ou à noite, são online. Além de que a maior parte da componente individual de trabalho do professor é feito em casa”, insiste.
No mail enviado às escolas, a Direção-Geral de Estabeleci- mentos Escolares frisa que cada sala de aula terá “um dispositivo de conetividade”.
O JN interpelou o Ministério da Educação, Ciência e Inovação, que também sublinhou que “os professores, poderão sempre utilizar os cartões e hotspots que vão ser disponibilizados para as salas”.
O MECI garante estar a fazer um levantamento para apurar o nú- mero de reparações e de aquisi- ções necessárias
O problema, insistem os diretores, é que nada se sabe sobre o tipo de dispositivo ou regras de utilização. “Vai poder levar-se para casa?”, questiona Filinto Lima, assegurando que se forem como os que os professores vão devolver não têm capacidade para aguentar o acesso em si- multâneo da turma inteira.
“Genericamente, as escolas têm os mesmos problemas: milhares de computadores avariados, amontoados, sem forma de os reparar e cada vez mais alunos sem equipamentos”, descreve o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares.
Manuel Pereira recorda que há mais alunos e que a maioria das escolas já não tem computadores disponíveis, dos que não foram levantados pelas famílias, para atribuir.
“Era um problema previsível criado pela falta de um plano de manutenção”, diz.
A presidente da Confederação Nacional de Pais garante ao JN ainda não ter recebido queixas este ano por acusa das avarias.
Da tutela obteve a garantia “de que todas as salas seriam dotadas de dispositivos, pelo que deixaria de ser necessário equipamentos individuais. “Aguardamos que as intenções sejam cumpridas”, frisou Mariana Carvalho esquecendo a interação aluno-professor-escola.
Joffre Justino