Victor Forghani, Secretário da Assembleia, destacou que uma declaração oficial foi preparada pelo Departamento de Secretariado para ajudar os pais a justificar as ausências dos seus filhos durante os Dias Sagrados. Esta iniciativa reflete um esforço mais amplo para garantir que os direitos religiosos da comunidade sejam reconhecidos pelas instituições educativas.
A carta, que foi partilhada com os Bahá’ís em todo o país, relembra as orientações do Guardião da Fé Bahá’í, que encorajam os crentes a trabalhar para o reconhecimento do seu direito de observar os Dias Sagrados. Segundo as leis Bahá’ís, o trabalho é proibido durante estes dias, e os crentes são incentivados a procurar dispensa laboral ou escolar, sempre que possível. No entanto, o Guardião também aconselha que, caso a dispensa não seja concedida, os crentes devem respeitar a decisão da instituição, sem pressionar para que esta seja alterada.
Este movimento sublinha a importância que a comunidade Bahá’í atribui à observância dos seus preceitos religiosos, ao mesmo tempo que procura um equilíbrio com as responsabilidades cívicas e educacionais. A carta conclui com uma reafirmação do compromisso dos Bahá’ís em manter os seus princípios, enquanto trabalham para que a sua fé seja respeitada em todos os aspectos da vida pública e privada em Portugal.
A ação da Assembleia Espiritual Nacional é um exemplo de como a comunidade Bahá’í, conhecida pela sua abordagem pacífica e dialogante, continua a defender os seus direitos e tradições num contexto multicultural e multirreligioso.
Nota do Editor
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