“Ter um ministro da defesa numa posição tão sensível, que parece nem sequer representar as posições do Governo, eu pergunto-me se tem condições para ser ministro da Defesa? E parece-me que não.

Nós não podemos ter numa pasta tão sensível alguém que não tem sequer a sensibilidade de perceber as suas funções e o que é esperado das suas funções”, declarou  Marisa Matias, no decorrer de  uma ação de campanha para as autárquicas de dia 12, em Vila Nova de Gaia.

Ja em Ponte de Lima, o presidente do CDS-PP hoje afirmou que não vai “dar mais para o peditório” do que apelidou de “número” dos ativistas portugueses da flotilha humanitária e aconselhou-os a concentrarem-se nas eleições autárquicas.

Foge pois à assunçao de responsabilidades perante maus tratos praticados pelas autoridades de um pais estrangeiro a cidadaos portugueses depois de um ato de pirataria!

Marisa Matias, com Rui Tavares, defendeu que as declarações de Nuno Melo, inclusive enquanto os ativistas ainda estavam detidos em Israel, “não desautorizam apenas um país, mas desautorizam também o próprio Governo” e confessou que espera “muito mais do Governo”, nomeadamente sanções a Israel e ajuda humanitária, entre outras medidas, mas realçou estar em causa algo além disso, pois Nuno  Melo pôs em causa os esforços da diplomacia portuguesa para trazer de volta os quatro cidadãos.

“Desde que houve a detenção dos quatro tripulantes portugueses, o Governo e outro ministério e a diplomacia portuguesa empenharam-se para trazê-los para Portugal o mais depressa possível. E ao mesmo tempo que isto estava a acontecer da parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da diplomacia portuguesa, temos um ministro da Defesa que estava a dizer a Israel e as autoridades israelitas que podiam fazer com os tripulantes portugueses o que entendessem, que podiam abusar deles, se fosse esse o caso, porque eles não mereciam proteção”, criticou.

Marisa Matias entende que Nuno Melo deve, “…ser ministro da Defesa, é defender aquelas pessoas, garantir que elas chegam em segurança e que são protegidas”, pois sao portugesas .

Entretanto, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, saudou hoje a chegada dos ativistas portugueses que integraram a flotilha destinada a Gaza, considerando “muito positivo” que tenham chegado “aparentemente bem fisicamente”, e pediu que mobilização da população portuguesa pela Palestina continue.

Para Paulo Raimundo, “Há três aspetos fundamentais que são precisos resolver de imediato: o cessar-fogo e o fim do genocídio, o reconhecimento dos direitos nacionais do povo da Palestina e a entrada imediata de ajuda humanitária”, disse.

Segundo o secretário-geral do PCP, o Governo português tem “de fazer tudo para que isso se conquiste e não andar enrolado atrás das agendas dos outros que não são as agendas do povo português”.

 

Ja José Luís Carneiro dedica-se à aproximação ao governo a quem aconselha “humildade” ao primeiro-ministro, para que ouça mais vezes o PS e não o Chega. Em campanha no concelho de Luís Montenegro, em Espinho, o secretário-geral do PS lembrou que, em política, tudo mudo rapidamente e a vitória nas legislativas não é eterna nada dizendo sobre o regresso dos 4 portugueses

Tristezas….