Para o líder do PCP, a pretendida alteração das leis do trabalho so vai "generalizar a precariedade para todos os trabalhadores".
E emtao vir dizer seja o que for sobre o aumento do salário mínimo nacional para 1.500 ou 1.600 euros "a reboque" da alteração da legislação "é uma afronta, um desrespeito e uma razão acrescida para o combate ao pacote laboral".
Na sexta-feira, Luís Montenegro tinha sugerido aproveitar a oportunidade da possível mudança das leis laborais para elevar o salário mínimo para os 1.500 euros e o médio para 2.000 ou 2.500.
No sábado, na desesperada correria para enganar o proximo veio aumentar ainda mais os objetivos e apontou para 1.600 euros de salário mínimo e 3.000 euros de médio.
Para Paulo Raimundo, as alterações pretendidas ao pacote laboral constituem "um ataque brutal às horas extraordinárias".
"É uma afronta para quem trabalha, é um desrespeito para com os trabalhadores", disse ainda, acusando PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal de quererem "mais bancos de horas, mais horas de trabalho, mais horas de trabalho não pagas, mais desregulação dos horários, corte no pagamento das horas extraordinárias, mais contratos a prazo, mais falsos recibos verdes, mais subcontratação, mais ataques às mães e aos pais e despedimentos sem justa causa".
Por isso, o líder comunista apelou a uma forte participação na greve geral de 11 de dezembro, para lutar contra o pacote laboral.
Admitiu que o pacote "não vai ser derrotado" nesse dia e que "as lutas vão ter de continuar", mas sublinhou que a greve geral será "um momento importante" para mostrar o descontentamento.
"É a vida de cada um que está em causa", disse ainda.