Questionado pela Lusa sobre porque não tem a certeza que o processo esteja finalizado, Paulo Raimundo respondeu que o partido está agora a analisar, lembrando que o anúncio foi feito já hoje e que "não é só um problema de números, é também um problema de considerações sobre os números".
"Estamos a ver todas as possibilidades que existem para, se entendermos, o processo não terminar hoje".
Paulo Raimundo lembrou "as circunstâncias" em que CDU concorreu em Lisboa, conseguindo subir na votação: "subimos mais 1.780 votos do que nas últimas eleições. Devíamos ter subido mais 1.800 pelo menos e tínhamos esse problema resolvido".
"Vamos ver o que é que isto vai dar ainda", continuou o secretário-geral comunista.
Num discurso, Paulo Raimundo afirmou o PCP como o "único instrumento de resistência e ao serviço da juventude contra a ofensiva que está aí a surgir com todos os meios", numa alusão ao pacote laboral que o Governo está a preparar e contra o qual foi já marcada uma marcha nacional para 08 de novembro.
Paulo Raimundo mandou também um recado para a União Europeia, a quem lembrou ser Portugal "um país soberano" e que, por causa disso, não aceitam que venham dizer "como se deve gerir a Segurança Social no país", enfatizando que a receita vem do trabalho das pessoas.