Krugman falou das tarifas impostas pelo Governo de Donald Trump para considerar que Portugal está ligeiramente mais exposto do que o país europeu médio, mas também considerou que irá ser minimizado o impacto até pela pertença à União Europeia.

"Temos de perguntar, à medida que esta guerra comercial se desenvolve, à medida que toda esta loucura se desenvolve, quão exposto está este país. (...) Portugal está provavelmente um pouco mais exposto do que o país europeu médio. Mas, tendo em conta o historial, penso que não devemos estar muito preocupados", disse  Krugman,  "Os tempos são tão terríveis nos Estados Unidos que eu quase receio regressar", disse.

Para Krugman Portugal, apesar de mais pobre do que outras economias do norte da Europa, tem feito "uma enorme convergência na qualidade de vida" e que conseguiu evitar a marginalização "que se abateu sobre tantas regiões periféricas".

Por outro lado, mostrou-se preocupado com o envelhecimento da população, considerando que, nas sociedades ocidentais, é um grande problema estar a diminuir a população em idade ativa.

Paul Krugman, um economista estadunidense e prémio Nobel da Economia em 2008, foi, na segunda-feira, o principal orador da conferência 'Falar em Liberdade', no Museu do Dinheiro, organizada pelo Banco de Portugal para celebrar os 50 anos do 25 de Abril.

Na mesma conferência, o governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, disse que não há "revoluções concluídas" e que os tempos atuais são de alerta e exigem espírito de transformação.

"Não há revoluções concluídas. Os tempos atuais colocam-nos em alerta, requerem mais integração, maior coordenação, mais informação e ainda mais análise e reforço da confiança", disse Mário Centeno na intervenção com que abriu a conferência.

Na verdade quem se entregou estritamente às virtualidades da economia externa e travou o mercado interno vai fazer-nos pagar com lingua de palmo e meio esse desastre ... coisas da AD/PSD !