Aluno mutilado? Ministro garante a embaixada do Brasil "apurar factos"… como em Vimioso!? 

A Embaixada do Brasil em Portugal disse hoje ter recebido a garantia do ministro da Educação, Fernando Alexandre, de que "todos os factos" relativos ao que se passou na escola de Fonte Coberta, em Cinfães, "serão devidamente apurados".
Todos os factos?

A começar pelo boicote/eliminação da disciplina de Cidadania em escolas portugesas onde predomina o incentivo à luta do mais forte e ao dominio/submissao dos mais fracos? Duvidamos dado o caso do Vimioso!

O embaixador do Brasil, Raimundo Carreiro Silva, pediu à ministra da Administração Interna e ao ministro da Educação, Ciência e Inovação informações sobre as providências tomadas a propósito do "caso de agressão ao jovem estudante brasileiro", que perdeu as pontas de dois dedos, no dia 10.

Na quarta-feira, a seguir Fernando Alexandre informou a embaixada de que "a Inspeção-Geral da Educação e Ciência determinou a abertura de um processo de inquérito e que todos os factos serão devidamente apurados, garantindo a proteção e salvaguardando os interesses de todos os envolvidos, em particular os da vítima e da sua família".

"O ministro Fernando Alexandre afirmou na missiva o compromisso da escola pública com a segurança, o bem-estar e a integridade de todos os seus estudantes", acrescentou a Embaixada do Brasil, num comunicado hoje divulgado.

O que em parte das escolas as dominadas pelas direitas é falso!

No dia 15, fonte do Ministério da Educação disse à agência Lusa que "a Inspeção-Geral da Educação e Ciência determinou a abertura de um processo de averiguações sobre o incidente, a pedido do diretor geral da Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares".

Tambem  Carlos Silveira, diretor do Agrupamento de Escolas de Souselo, em Cinfães, no distrito de Viseu, ja disse  à Lusa que iria haver a abertura de um inquérito interno "para apurar os factos".

A situação foi denunciada por Nivia Estevam, que na rede social Instagram se apresenta como "mãe da criança de 9 anos que teve as pontas dos dedos amputados dentro da escola em Portugal", no concelho de Cinfães.

"Duas crianças fecharam a porta nos dedos do meu filho" quando ele foi à casa de banho, impedindo-o "de sair e pedir ajuda", contou Nivia Estevam numa das publicações, acrescentando que o menino "perdeu muito sangue e precisou de se arrastar por baixo da porta com os dedos já amputados".

O menino foi submetido a três horas de cirurgia no Hospital de São João, no Porto, e irá ficar "com sequelas físicas e psicológicas", afirmou, pedindo ajuda jurídica para enfrentar o momento que está a viver.

Segundo Nivia Estevam, o episódio do dia 10 ocorreu depois de já ter feito outras queixas relativas a "puxões de cabelo, pontapés e enforcamento", sendo que "nenhuma atitude foi tomada pela escola".

É tempo de haver uma percepção séria dos direitos das crianças e jovens e da pedagogia se ater aos valores da Cidadania