Na realidade, o sr venturinha está a fazer um jeitaço ao sr almirante na reserva porque se derrotar o Mendes do psd ( o que nem é dificil) irá a uma segunda volta colocando não pouca esquerda a ter de votar no almirante (como eu na segunda volta ) ou no Tó Zé Seguro (como eu se ele for contra o sr venturinha à segunda volta)
Em qualquer circunstância o que se prepara é o eliminar da atual Constituição da República a segunda mais duradoura e a unica sem golpes de estado de permeio como sucedeu à Carta Constitucional da monarquia liberal
Mas vejamos as lusas constituições,
1822: primeira tentativa de pôr fim ao absolutismo, com uma vigência muito breve.
1826: A Carta Constitucional de 1826, foi a constituição mais duradoura a seguir à atual, tendo estado em vigor durante 72 anos mas com varios golpes de estado e sua anulação temporária de permeio.
1933: A Constituição fascista de 1933 marcou o início do Estado Novo e esteve em vigor até 1974.
1976: A atual Constituição da República em vigor desde 2 de abril de 1976, e debatida votada e aprovada após a Revolução do 25 de Abril, com o voto contra somente do CDS e é
a Constituiçao mais estável de sempre na história de Portugal e a segunda em duração!
Pois agora o neoliberalismo tem-se dedicado a maldizer a sua funcionalidade pelo que neste tempo de fragilizaçao eleitoral das Esquerdas tudo indica que as próximas presidenciais serao o tempo do enterro de um regime constitucional que sobreviveu à instabilidade do fim de um imperio, o português, de cinco seculos, à adesao a um espaço economico, a CEE, depois politico, a UE ( com no entretanto o nascimento da quase nado morta CPLP), com governos de Esquerda, de coligação Direita/Esquerda, ( objetivo de Mario Soares, anular o PSD ), de grande direita ( a AD de Sá Carneiro), que sobreviveu a um assassinato politico de um ministro da Defesa e em acrescimo inesperado de um primeiro ministro, ambos da grande direita.
No pré primeira revisão constitucional!
Sem grande drama o Conselho da Revolução suicida-se na revisão constitucional sem revolta nem grandes queixas e esta Constituição permite as seguintes revisões constitucionais,
1982: Reduziu a carga ideológica, flexibilizou o sistema económico e reformulou as estruturas de poder.
1989: Uma revisão estrutural para adaptar a Constituição.
1992: Foi uma das revisões extraordinárias impulsionadas pela necessidade de ratificar tratados internacionais.
1997: Mais uma revisão de grande dimensão.
2001: Uma revisão estrutural.
2004: Uma das revisões mais curtas, focada na ratificação de tratados.
2005: Introduziu um novo artigo que permitiu a realização de referendos sobre a integração na União Europeia.
Todas estas revisões que nunca contaram com o voto do PCP mantiveram uma visão progressista para o regime português, passo a passo cada vez menos a ver com o crescente poder da direita, a politica, a economica e a ideologica em Portugal
Hoje tudo se encaminha enfim para um corte radical com a Constituição de 1976, com um passado de rotura com o fascismo, e em caminho do vergar e ceder ao ultra direitismo crescente!
Daí a excecional importância destas eleições presidenciais que ao que se vê à vista desarmada as Esquerdas recusam visionar apresentando-se inutilmente divididas sem qualquer dialogo entre si!
O Jantar debate que o Estrategizando está a preparar, “Jantar debate “Que fazer com estas guerras? Do desagregar das instituições mundiais hodiernas à busca de novas “ no dia 03.10 pelas 19:00 na cooperativa padaria do Povo passa pela necessaria reflexão entre Democratas deste tempo em que vivemos para sabermos ou ajudarmos a, o como nos posicionarmos face ao que nos espera!
Bem à vista o fim de um regime constitucional cercado por um ambiente global de guerra absurda!