Manuel Pedro foi um dos fundadores e dirigente do Cineclube Imagem e fez parte da delegação de jovens portugueses ao 6.º Festival Internacional da Juventude e dos Estudantes em Moscovo, em 1957.
Foi preso pela primeira vez em 1958, quando era empregado de seguros, e pela segunda vez em 1959, já nos quadros de funcionários do PCP.
Enquanto funcionário clandestino foi responsável pelo Setor do Baixo-Ribatejo, membro da Direcção Regional de Lisboa e do Comité Local de Lisboa até à sua última prisão, em maio de 1969.
"Ao longo da sua vida de revolucionário teve sempre a seu lado a sua companheira Maria Júlia. Com ela compartilhou a vida clandestina, as agruras da repressão fascista, da prisão e a separação das filhas", realçou o partido.
Manuel Pedro foi libertado do Forte de Peniche em 27 de abril de 1974, dois dias após a Revolução do 25 de Abril, assumindo de imediato tarefas na Organização Regional de Lisboa.
Foi ainda membro do Comité Central do PCP de 1974 até 1988 e, segundo a mesma nota, "enquanto lhe foi fisicamente possível, desempenhou tarefas junto dos organismo executivos do Comité Central".
Manuel Pedro tem dois livros editados sobre a sua experiência de vida e militância: "Sonhos de Poeta, Vida de Revolucionário" e "Resistentes".
"Com uma vida entregue ao partido, ao seu ideal e projeto, Manuel Pedro é um exemplo de coragem, frontalidade e firmeza, exemplo de militante inteiramente dedicado aos interesses dos trabalhadores e do povo, na luta diária por um Portugal democrático, tendo sempre presente a construção do socialismo e do comunismo", sublinhou o PCP.