Um diplomacia brasileira ouvido pela jornalista, disse que a medida está “muito longe da hecatombe que vendeu o 03”, ( o numero 3 do clã bolsonaro), o deputado federal Eduardo Bolsonaro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Aliados do parlamentar nos Estados Unidos incentivaram a ideia de que o governo Trump adotaria sanções severas contra o ministro Alexandre de Moraes e outros integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na chamada Lei Magnitsky — o que, até agora, não se confirmou.
A medida anunciada limita-se a negar vistos para entrada nos EUA a pessoas que, segundo avaliação do governo norte-americano, tenham atuado para restringir liberdades de expressão de cidadãos e empresas estadunidenses, tratando-se de uma diretriz vaga, sem consequências práticas imediatas.
“É algo que não interfere em absolutamente nada na vida de Alexandre de Moraes, por exemplo. Ele não tem bens nos Estados Unidos nem planos de viajar para lá”, comentou um diplomata sob condição de anonimato.
A hipotetica adoção de sanções concretas, como o bloqueio de bens ou restrições financeiras via Departamento do Tesouro e sua agência OFAC (Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros), ainda não passou de especulação entre os bolsonaristas.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, minimizou o episódio e ao ser questionado sobre a decisão estadunidense, afirmou que “a concessão de vistos é uma decisão soberana de cada país” e que não há necessidade de justificativas formais entre governos sobre esse tipo de restrição.
No governo brasileiro, a medida foi interpretada como um movimento alinhado aos interesses das big techs, que têm buscado evitar que suas atividades sejam regulamentadas em países como o Brasil.