Ai estas empresas familiares com uma lista de clientes e valores astronómicos auferidosda ordem dos 709 mil euros! ...

O Spinumviva parece ser banal no PSD agora com Marques Mendes.

A revista Sábado noticia  que o antigo presidente do PSD recusa esclarecer como ganhou 709 mil euros líquidos nos últimos dois anos enquanto consultor externo da sociedade Abreu Advogados.

Segundo a Sábado, em causa estão 413.247,58 euros recebidos em 2023 e 296.309,37 euros em 2024, valores que Marques Mendes não explica.

2023 : 29500 euros mês para um salario medio de 1505 euros

2024 : 20700 euros mês para um salario medio de 1602 euros !

Assim a origem exata dos honorários e os  possíveis conflitos de interesses deu origem a resposta Marques Mendes à Sábado que "são questões a que só a Abreu Advogados pode responder, se o entender fazer", … a sério?

O advogado Marques Mendes nao sabe o que produziu?

E ja agora a transparência nao parece existir nesta sociedade de advogados que não comenta vencimentos nem matérias cobertas por segredo profissional!

Sobre o assunto, Marques Mendes revelou apenas que está disponível para revelar os clientes da sua empresa familiar se estes lhe derem autorização.

"Eu divulgarei os clientes da minha sociedade pessoal e fá-lo-ei, desde que seja cumprida a autorização dos próprios nos termos da lei de proteção de dados. Portanto, se os próprios autorizarem, divulgarei com certeza", assegurou aos jornalistas, após ter formalizado a sua candidatura presidencial com a entrega de 9.350 assinaturas no Tribunal Constitucional, em Lisboa.

Nas suas declarações aos jornalistas, Marques Mendes só manifestou disponibilidade para revelar os clientes da sua empresa familiar -- que tinha funções de consultoria e foi extinguida em novembro --, não se referindo aos clientes que representou na sociedade de advogados.

O candidato da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo apontou paralelismos entre a recusa de Marques Mendes explicar "709 mil euros" ganhos na Abreu Advogados e o caso Spinumviva que envolve o primeiro-ministro, defendendo que os candidatos têm obrigação de transparência.

"Penso que por altura da discussão das questões de censura que foi apresentada no parlamento a propósito do caso de Spinumviva, Marques Mendes exigiu que fossem feitos esclarecimentos que ele considerou essenciais, portanto, este caso tem todas as analogias e todos os paralelos", apontou o candidato às eleições presidenciais João Cotrim Figueiredo, questionado pelos jornalistas, após uma visita a um quartel do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

Para o candidato apoiado pela IL, "os candidatos presidenciais têm a obrigação de ser o mais transparentes possível relativamente ao seu percurso político e ao seu percurso profissional" e que é do interesse dos próprios candidatos que esclareçam quais têm sido as suas relações profissionais, sobretudo as que "possam constituir conflitos de interesses".

Enfim eis o tema transparência na ordem do dia desta précampanha às eleições presidenciais.

António José Seguro prometeu hoje total transparência quanto aos seus rendimentos e património e disse esperar que todos os seus opositores façam o mesmo, alegando que "os portugueses têm que saber em quem votam".

"Estou aberto a mostrar todos os meus rendimentos e todo o meu património, como aliás decorre da nossa obrigação. Já submeti todas essas informações no portal da Transparência e considero que um candidato a Presidente da República deve prestar todos os esclarecimentos", afirmou Seguro aos jornalistas quando questionado sobre a notícia da revista Sábado.

"Eu sou transparente. Eu vivo do meu trabalho, não necessito da política, sou candidato a Presidente da República porque me dirijo a todos os portugueses numa situação muito difícil da vida do nosso país, dizendo-lhe coisas fundamentais", assegurou.

Também Jorge Pinto, candidato a Belém apoiado pelo Livre, defendeu que quem concorre a Belém tem uma "obrigação acrescida" de transparência e disse esperar que Luís Marques Mendes tenha autorização para divulgar lista de clientes da sua empresa familiar antes das eleições.

Jorge Pinto argumentou que no cargos-chave do Estado, como o Governo ou a Presidência da República, a "transparência é devida aos portugueses", e que quem se candidata à Presidência da República não está excluído desse dever.

Jorge Pinto defendeu que "se a lei não obriga a que essa transparência exista, talvez devesse obrigar" e que os candidatos a Belém têm uma "obrigação acrescida", acrescentado que espera que Luís Marques Mendes tenha a autorização para divulgar clientes da sua empresa familiar antes das eleições de 18 de janeiro.

"Isso sim seria ser fiel a essa ideia de transparência e fiel a essa informação aos eleitores antes de irem a votos", frisou o também deputado do Livre.