De acordo com este media, Guajajara pretende regressar à Câmara dos Deputados, e ocupar a vaga de Guilherme Boulos tambem do PSOL e recentemente nomeado para a Secretaria-Geral da Presidência da República.
O seu ministerio seria assumida pelo cientista Ricardo Galvão do partido Rede, atual presidente do CNPq, que ficaria no posto até abril de 2026.
Segundo apurou o Metrópoles, Sonia Guajajara vê o retorno ao Legislativo como uma oportunidade estratégica para reforçar a sua projeção nacional e viabilizar uma nova candidatura nas eleições de 2026.
A ministra espera ainda que a sua atuação e visibilidade durante a COP 30 sirvam como vitrine política para fortalecer sua base eleitoral.
Entretanto, sua assessoria negou qualquer intenção de deixar o cargo antes do prazo legal de desincompatibilização exigido pela legislação eleitoral.
“A informação não procede. A ministra Sonia Guajajara será candidata à reeleição e sairá no prazo que a legislação eleitoral exige para descompatibilização”, informou a equipe.
Esta primeira ministra dos Povos Indígenas da história do Brasil, Guajajara enfrenta desde o início de sua gestão, em janeiro de 2023, uma série de dificuldades estruturais e políticas.
O ministério sob seu comando foi criado com um orçamento restrito e perdeu o poder de decisão sobre a demarcação de terras indígenas nos primeiros meses do governo.
Além dessas limitações, a ministra teve de lidar com a grave crise humanitária dos povos Yanomami, que expôs os efeitos devastadores do garimpo ilegal e das falhas de políticas públicas anteriores.
Mais recentemente, Guajajara também demonstrou insatisfação com a criação de um grupo de trabalho no Senado favorável à exploração mineral em terras indígenas.
A iniciativa surgiu após o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, sugerir a elaboração de um projeto de lei que pudesse viabilizar esse tipo de atividade — tema que gera forte resistência entre as lideranças indígenas e ambientalistas.