O painel IGCC, que fornece atualizações anuais dos principais indicadores climáticos comunicados pelo Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC), acrescenta que a atividade humana gerou o equivalente a cerca de 53 gigatoneladas de dióxido de carbono (CO2) emitidas anualmente para a atmosfera durante a última década.
As estimativas do volume de carbono restante para garantir o aumento de 1,5°C são de 130 gigatoneladas de CO2, que podem vir a ser consumidas em pouco mais de três anos às taxas atuais de emissões, enquanto o consumo de uma quantidade de carbono que leve a um aumento de 1,6°C ou 1,7°C poderá ser excedido em apenas nove anos.
As concentrações de gases com efeito de estufa de CO2, metano e óxido nitroso "aumentaram desde 2019" e o resultado é um aumento equivalente do desequilíbrio energético da Terra, um "indicador crucial para monitorizar o aquecimento atual e futuro", insistem.
Os cientistas afirmam também que, entre 2019 e 2024, o nível médio global do mar subiu cerca de 26 milímetros, muito acima da taxa de longo prazo de 1,8 por ano registada desde o início do século XX.
O estudo completo dos investigadores será apresentado hoje em Bona (Alemanha) e publicado na revista Earth System Science Data.