Na verdade a qualquer momento pode acontecer  um desastre ecológico por causa da  quantidade de combustível e óleo armazenados nos tanques do velho ferry.

Esta  informação foi divulgada  pela  Rádio Morabeza segundo declaraçoes  de Alcides Montrond, sócio-gerente da empresa Cabo Verde Marítima, proprietária do navio.

“Da minha parte, como armador, como pessoa responsável, já tentei fazer o meu melhor. Acho que no nosso país devemos chegar a um entendimento para resolver este problema. O navio está em grande perigo, a qualquer hora pode virar-se e complicar o trabalho. É uma situação que não está ‘bonita’ para o ambiente nacional”,

De acordo com Alcides Montrond, decorre neste momento um processo judicial que envolve a empresa e o banco que financiou a compra do navio, o que impede a continuação dos trabalhos de desmantelamento.

“Para mim vai ser gravíssimo, os danos vão ser grandes. Não estou a exagerar, estou só a fazer o meu trabalho, como bom cidadão. Já perdi muito tempo a fazer uma coisa que é necessária, mas já que há desentendimento, espero que as coisas sejam resolvidas em tribunal, mais não posso fazer”, acrescentou à Morabeza.

O navio Pentalina B de origem escocesa, lembramos, encalhou na Baia de Móia-Móia a 5 de Junho de 2014, quando fazia a ligação Boa Vista/Praia.

A dezembro de 2025, o caso do naufrágio do Pentalina B em Cabo Verde continua atual, persnte  o navio encalhado perto de Moia Moia, na ilha de Santiago, a ser parte da paisagem local e a atrair curiosos, sem que a justiça resolva os processos de remoção e responsabilização que se arrastam há mais de uma década, desde o incidente, com o navio ficar  um desafio ambiental e logístico