Por tal, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, já afirmou que o assunto ainda não estava encerrado e por isso os comunistas vão agora apresentar um recurso junto do Tribunal Constitucional
"No decorrer dos trabalhos do apuramento geral foram realizados protestos por parte da CDU. Esses protestos estão relacionados com divergências nos resultados entre a ata e o edital numa mesa de voto, a necessidade de verificação em instância superior da nulidade atribuída a votos nos quais consideramos estar expresso o sentido de voto do eleitor, bem como a divergência de critérios na avaliação da validade de votos entre forças políticas", lê-se num comunicado enviada à TSF.
A CDU quer, por isso, que os juízes se pronunciem sobre as decisões tomadas nessa assembleia: "A CDU Lisboa entendeu usar da possibilidade de recurso ao Tribunal Constitucional com a finalidade de permitir a apreciação por parte deste das decisões tomadas em sede do apuramento geral", acrescenta a nota.
Sofia Lisboa, da CDU, explica quais são as situações que precisam de ser esclarecidas: "Há uma série de votos que protestámos, que foram considerados nulos, mas que nós entendemos que há uma intenção expressa de voto na CDU. Existe também uma desconformidade entre uma ata e um edital, que não ficou totalmente esclarecida, porque não se deu a recontagem nesse caso. E também uma questão de critérios em relação a alguns votos que foram considerados válidos e que vinham dos votos nulos e que achamos que há uma desconformidade dos critérios para verificar esses votos."
“O apuramento geral está finalizado, não tenho a certeza que o processo esteja finalizado. Portanto, estamos a avaliar agora também, quer os números, quer os relatórios”, respondeu o líder comunista aos jornalistas no final de um comício.
O Chega obteve em Lisboa 26.755 votos, mais três do que a CDU, confirmando o segundo vereador
“Vamos ver o que é que isto vai dar ainda”, continuou o secretário-geral comunista.