A formação da Zelândia remonta a mais de 100 milhões de anos, quando fazia parte do supercontinente Gondwana um continente que incluía terras que hoje conhecemos como América do Sul, África, Antártica, Austrália e partes da Ásia.
Pedaços de Gondwana começaram a se separar, e uma dessas seções evoluiu para a Zelândia e à medida que as forças tectônicas mudaram, a Zelândia começou a se afastar da Antártica Ocidental há cerca de 85 milhões de anos.
Posteriormente, ela se separou da Austrália, tornando-se uma massa isolada.
A crosta terrestre na região perdeu espessura e esfriou, levando a terra a submergir sob o nível do mar, onde permanece até hoje.
Durante décadas, muitos geólogos suspeitaram que a área submersa da Zelândia era de natureza continental.
No entanto, a ideia de que se tratava de um continente separado não era amplamente aceite mas estudos recentes, utilizando métodos como a geocronologia, ajudaram a estabelecer uma linha do tempo para a formação da região e com amostras de rochas nas seções do norte da Zelândia, revelando a presença de arenito, seixos vulcânicos e lavas basálticas com idades que variam do Cretáceo Inferior ao Eoceno.
Dados magnéticos também desempenharam um papel crucial na confirmação da forma oculta da Zelândia, mostrando padrões claros de atividade vulcânica antiga que ajudaram a definir os limites do continente.
A Zelândia oferece um valioso campo de estudo para entender como os continentes evoluem sob condições de placas tectônicas em mudança pois preserva pistas sobre o passado da Terra que podem não ser visíveis em continentes acima da superfície. As rochas sedimentares dentro da Zelândia datam do período Cretáceo Superior, com partes dela a permanecerem acima da água por muito tempo após sua separação de outros continentes.
Cada descoberta pode refinar nossa compreensão de como a superfície da Terra se reorganiza ao longo do tempo geológico.
Grandes porções da Zelândia ainda não foram exploradas e a imagem sísmica e a perfuração em águas profundas provavelmente revelarão mais detalhes sobre sua estrutura e história.
Pesquisadores esperam que estudos futuros possam esclarecer ainda mais como a Zelândia contribui para a atividade tectônica global.
Embora existam várias áreas no planeta que são microcontinentes ou fragmentos submersos, a Zelândia se destaca por seu tamanho e completude.
Ela não é apenas um tesouro de história, mas também um lembrete de que a Terra ainda guarda muitos segredos.
Estudos de campo futuros e colaborações internacionais podem refinar as ideias sobre a classificação continental e o que define um continente.